Ele chegou ao Atlético em agosto do ano passado, deu força ao meio-campo e, com raça e dedicação, conquistou rapidamente a confiança da Massa Atleticana. (Foto: Bruno Cantini / Atlético)
Ele chegou ao Atlético em agosto do ano passado, deu força ao meio-campo e, com raça e dedicação, conquistou rapidamente a confiança da Massa Atleticana. Trata-se do volante Pierre, que falou ao Site Oficial sobre a sua origem, ídolos, internet, torcida, Copa do Mundo no Brasil, entre outros assuntos.
Confira a entrevista:
1 – Site Oficial (SO) – Fale-nos sobre a sua família, a sua infância.
Pierre (P) – “Sou natural de Itororó, na Bahia, uma cidade que fica no sul da Bahia e tem cerca de 23 mil habitantes. Venho de uma família de 12 irmãos, sou o caçula e o único que seguiu carreira no futebol. Na minha infância, graças a Deus, nunca tive falta de alimento. Apesar das dificuldades, o pão de cada dia o meu pai nunca deixou faltar. Saí de casa com 20 anos para jogar futebol. Antes disso, trabalhei ajudando meu irmão em um bar e também em uma banca de jogo do bicho, com uma moto para cima e para baixo. Aí, apareceu a oportunidade de fazer um teste, eu topei e fui abençoado”.
2 – (SO) Você utiliza Internet e participa de redes sociais?
(P) – “Não sou aquele cara fissurado com internet, mas utilizo o básico quando quero pesquisar alguma coisa, gosto bastante de entrar nos sites esportivos e uso Facebook e Messenger”.
3 – (SO) Quais são os seus maiores ídolos ou as pessoas em que você se espelha, dentro e fora do futebol?
(P) – “Dentro da minha posição, tenho duas referências mais fortes, que são o Dunga, que acompanhei desde a Copa de 94, e o César Sampaio. Fora da minha posição, tem o Romário, o Ronaldo e o Edmundo, com quem tive o prazer de jogar junto. Fora do futebol, a pessoa em quem me espelho é o meu pai, pela luta, pela batalha”.
4 – (SO) Quais os outros esportes que você acompanha?
(P) – “Acompanhar é mais o futebol mesmo, mas outro esporte que gosto de assistir é o vôlei”.
5 – (SO) Você sempre quis ser jogador de futebol ou foi algo que aconteceu por acaso?
(P) – “Sempre tive esse sonho, esse desejo de ser um atleta profissional, vestir a camisa de um grande clube. Eu sonhava, mas via esse sonho um pouco distante pelo fato de estar com quase 20 anos, ainda no interior da Bahia, e nunca ter saído para jogar fora. Graças a Deus, lutei, perseverei e consegui realizar esse sonho”.
6 – (SO) O que você gosta de fazer quando está de folga?
(P) – “Nas épocas de folga, vou bastante à igreja, congrego em uma igreja aqui de Belo Horizonte já, então, é ir aos cultos, restaurantes, shoppings, passear com a família e viver em tranquilidade, esses são os meus hobbies”.
7 – (SO) Quais os estilos que você curte na música e no cinema?
(P) – “Gosto de música gospel. Independente do ritmo, sendo gospel, gosto bastante. Curto André Valadão, Thales Roberto, Davi Passamani, entre outros. No cinema, curto mais o gênero de comédia romântica”.
8 – (SO) Quais são os seus planos para quando parar de jogar futebol?
(P) – “Já venho mexendo com outras coisas além do futebol. Há quatro anos, montei uma transportadora lá em São Paulo”.
9 – (SO) O que você pensa acerca da realização da Copa do Mundo no Brasil em 2014?
(P) – “Será muito bom para o país em termos de infraestrutura. Também é uma oportunidade boa para o povo brasileiro ser agraciado com essa Copa do Mundo e acho que tem tudo para ser um bom Mundial. O Brasil é o país do futebol, então, nada mais justo que essa Copa do Mundo ser realizada aqui. Acho que o Brasil é sempre um dos favoritos, apesar de estar ainda passando por uma fase de reestruturação. Creio que o Brasil entrará forte, assim como a Espanha e outras seleções tradicionais”.
10 – (SO) Os jogadores estão ansiosos para atuar nos “novos estádios”?
(P) – “Será muito bom jogar em estádios novos. Muito está se investindo em estádios no Brasil todo e quem tem a ganhar com isso somos nós, atletas, e os torcedores.
11 – (SO) Qual é a sua visão sobre Belo Horizonte?
(P) – “É uma cidade maravilhosa. Foram quase oito anos de São Paulo, aquela correria louca, trânsito louco. A gente vem para Belo Horizonte e encontra uma cidade acolhedora, um povo acolhedor, uma cidade tranquila. Então, estou muito feliz aqui”.
12 – (SO) Qual a importância da disciplina na carreira do atleta profissional?
(P) – “Muita. Hoje em dia, não há mais espaço para aquele atleta boleirão. Hoje, o futebol está muito profissional e o atleta tem que se cuidar fora de campo, ser disciplinado e cumprir os horários de maneira correta”.
13 – (SO) Você está ansioso para poder atuar diante da torcida do Atlético em Belo Horizonte?
(P) – “Sem dúvida, estou muito ansioso, com uma expectativa grande. Desde quando cheguei, os companheiros com mais tempo de clube falaram que ainda não conheço a torcida do Atlético. Eles disseram que jogar dentro de Belo Horizonte é algo extraordinário. A gente também sabe a dificuldade que é para o torcedor sair daqui e ir assistir ao jogo em Sete Lagoas, então, estamos aí nessa expectativa, loucos para que o Independência e o Mineirão fiquem prontos”.
14 – (SO) Como seria a comemoração do seu primeiro gol pelo Galo?
(P) – “Se ele acontecesse agora, seria dedicado à minha segunda filha, que está nascendo. Mas, como a gente faz poucos gols durante a carreira, em um gol temos que aproveita para fazer tudo. Estou ansioso, esperando que esse gol saia o mais rápido possível”.
(Foto: Bruno Cantini / Atlético)