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Respostas

Coletiva de imprensa de Milito após Galo 2×1 São Paulo

Confira na íntegra a entrevista do técnico do Atlético

12/7/2024 12:24
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Foto: Pedro Souza/Galo
Foto: Pedro Souza/Galo

Após a partida do Galo contra o São Paulo, vitória de 2 a 1, o técnico Gabriel Milito concedeu entrevista na sala de imprensa da Arena MRV. A coletiva de imprensa do treinador alvinegro está disponível na GaloTV, e o site oficial do Galo traz a transcrição completa das perguntas e respostas do evento.

Coletiva – Gabriel Milito – Galo 2×1 São Paulo – 11/7/2024

P: O que representa a vitória nesse momento, com retorno de jogadores importantes? Um tempo que o Galo não vencia na Arena MRV

Milito: Era indispensável ganhar hoje, ainda mais jogando em casa, ao lado da torcida. Vínhamos de sequência de quatro resultados ruins. Os jogadores precisavam do triunfo para recuperar o estado de ânimo. Enfrentamos uma grande equipe. Necessário controlar, jogar bem, fazer gols, um plano de jogo que era para ganhar, sempre isso. Pouco a pouco, vamos recuperando a nossa melhor versão. Isso acontecerá. Seguiremos melhorando, corrigindo os erros. Uma vitória que gera calma, tranquilidade e confiança. O jogo de hoje era muito, muito importante. E os jogadores interpretaram dessa maneira, para fazerem um jogo muito bom.

P: Alguns jogos os goleiros levaram gols defensáveis. Hoje, o Matheus Mendes fez uma grande defesa. Isso dá uma tranquilidade a ele? O Victor já avisou que o Galo não vai atrás de outro goleiro.

Milito: Quando a equipe recebe gols, temos que analisar de forma mais profunda. Não considero que seja a responsabilidade de Everson ou do Matheus. É uma responsabilidade da equipe. Além de terem sido golaços, não avaliei nenhum erro grosseiro. Tem mais a ver do comportamento defensivo geral da equipe. Tenho confiança nos goleiros. Sei que podem falhar, mas também fazem grandes defesas, grandes atuações. Os gols sofridos têm mais a ver com a organização coletiva da equipe, e não apenas falhas individuais. Temos grandes goleiros, Everson, Matheus Mendes, Delfim. São sequências. Estávamos ganhando, e o primeiro chute do São Paulo, foi gol. Isso impacta, pois estávamos melhor na partida até levarmos o gol. Apresentamos uma fortaleza na adversidade, seguimos adiante, fizemos o 2 a 1, um segundo tempo que poderíamos ter marcado, mas bem, conseguimos segurar o placar para uma vitória essencial.

P: Hoje, no primeiro tempo, o São Paulo passou a ter posse de bola de forma longa após fazer o gol. Porque isso se deu ao Galo? É momento de ajuste?

Milito: Pouco a pouco estamos voltando a ter o grupo de trabalho do começo. Nos últimos dias, muitos jogadores fora por convocação, lesões, suspensões. Agora, começamos a recuperar jogadores. Isso nos faz mais fortes, com mais quantidade, qualidade. Mais opções de eleição. Os reforços estarão habilitados. Creio que o primeiro tempo, nos 15 minutos iniciais, grande intensidade, controlamos a partida, é a equipe que todos queremos ver. Claro, o adversário com jogadores bons, rompe sua pressão no talento. Nesse momento, a intensão era sempre neutralizar com intensidade, ganhar duelos, controlar, impedir o avanço do adversário. Para isso, precisamos de coordenação entre os jogadores. Hoje, creio que fizemos, por um bom momento, boas recuperações dentro do estilo de jogo que mostramos no começo.

P: Sobre os reforços, o Milito ainda tem conversa com a diretoria na busca de um camisa 9? E sobre saídas, o meia-atacante Robert segue nos planos?

Milito: Bem, nós estamos nos reforçando em posições necessárias. O mercado está aberto e vemos se existe as possibilidades de incorporações. Não vou falar de nomes específicos, mas os jogadores que estão aqui fazem parte do grupo, todos. Uns jogam mais, outros não jogam tanto. Mas todos os jogadores que estão com a gente,  nos treinos, são os que temos sempre em conta.

P: Importância da vitória para o emocional e mental dos jogadores e seu, também

Milito: As derrotas causam dano na autoestima e tiram confiança. Agora, por isso falava que era indispensável ganhar hoje, contra uma grande equipe. Tínhamos uma dívida de fazer um jogo competitivo na nossa casa, para ganhar, falhamos contra Palmeiras e Flamengo, mostrando uma imagem que não somos, pelos motivos que sejam. Era necessário dar esse presente para a Massa, vencer em casa, diante de um rival tradicional.  Vitória traz tranquilidade, confiança, estado de ânimo. Agora, é manter a regularidade no desempenho do jogo, e que os resultados nos acompanhem. É o desafio adiante. Já perdemos muitos pontos. Necessitamos de vitórias consecutivas para ter posição melhor na tabela.

P: Em alguns momentos, o time teve dificuldade da transição da defesa ao ataque, com pouca velocidade. Como corrigir isso? O Fausto Vera poderia ajudar?

Milito: Creio que temos jogadores de qualidade, com a volta de alguns atletas, fizemos bem esse aspecto. Isso se mostrou mais ganhando de 2 a 1 e tendo um jogador a mais, a equipe rival com linha de cinco jogadores. Tivemos que fazer essa circulação com cuidado. É importante atacar, mas ter o controle do jogo com a posse de bola também é. Atacar de forma inteligente, gerando os espaços. Mas isso é impossível contra equipes mais fechadas, sem circular a bola.

P: O terceiro cartão amarelo do Battaglia é o passaporte para ele voltar a ser volante, mesmo ele tendo atuado muito bem como zagueiro, bloqueando totalmente o Calleri?

Milito: Rodrigo é um jogador que pode jogar de zagueiro e volante. Agora que recuperamos Franco e Otávio, considerarei Battaglia de zagueiro. Ele, mesmo jogando de zagueiro, tem a possibilidade de um grande primeiro passe para o atacar. No futebol, geralmente quem fica mais com a bola são os zagueiros. Geralmente, os adversários jogam com um atacante, e o resto é parelho. Acredito que seja uma posição estratégica. Acho o Rodrigo um ótimo jogador por ali, por sua segurança e tranquilidade que passa para a equipe. Mas, claro, o considerado como volante de contenção. Eu considero que Otávio e Alan Franco são fundamentais para a equipe, e um deles teria de sair se o Rodrigo for volante.

P: Fale um pouco das características do Otávio e do Alan Franco. 

Milito: Otávio é um jogador de mentalidade mais defensiva que o Alan Franco, mas se completam. Dão muito equilíbrio para a equipe na fase defensiva, mas também ajudam com passes eletivos. Por isso sofremos tanto quando eles tiveram ausentes. Necessitamos dessa mentalidade defensiva, mas as duas fases são feitas de forma muito produtiva. No meu ponto de vista, eles fazem muito bem as duas fases.

P: Quais as características do Lyanco que te chamaram a atenção?

Milito: São dois jogadores muito bons, com experiência. Junior Alonso vocês conhecem igual a mim. Gostamos jogar com um zagueiro com perfil canhoto, considero isso importante. Mas tem que ser agressivo, veloz, essa raça de defensor. E, também, tem que ter a técnica para iniciar as fases. Alonso irá nos aportar tudo isso. Irá nos transmitir seu temperamento, mentalidade. Estou muito contente com ele, e ele está feliz de retornar.

Milito: Sobre Lyanco, um grande jogador, atuou em Itália e Inglaterra. Tecnicamente, muito bom. Alonso chega em estado físico melhor, atuava na Copa América. Lyanco precisa condicionar seu estado físico, vinha de férias. Imediatamente, talvez teremos que fazer um processo de adaptação físico e futebolístico para ele. Estou muito contente com a chegada dos dois, e também com Bernard, que vem treinando. Serão opções para jogar. São grandes jogadores. Victor e a secretaria técnica do Clube fizeram grande trabalho, e os donos fizeram grande esforço. Estou contente e agradecido por isso. Acredito que estamos fazendo um bom trabalho no mercado de transferências.

P: Sobre Bernard, foi o jogador que você mais viu treinar. Ele pode jogar de lado e centralizado. O que você pode falar dele?

Milito: Ele chegou com transmissão de muita gana de competir. Quando isso acontece, isso se transmite ao todo o grupo. Ganhamos todos. Paixão, fome de ganhar coisas. Desde o primeiro dia, Bernard nos contagiou com gana e entusiasmo. Grande ponto de partida. Depois, nos treinamentos, foi testado por dentro, tecnicamente muito bom, rápido, resolve em espaços curtos. Pode jogar por dentro e por fora, nos dar versatilidade nesse sentido, o que nos proporciona mais opções a depender de cada estilo de jogo, adversário…

P: Houve toque de mão do Paulinho no gol? 

Milito:
Sinceramente, não vi o replay da jogada. Conversei com o Paulinho, que me afirmou que pegou na barriga. Mas, se eu trouxer uma lista com erros e acertos da arbitragem… Tento não falar na arbitragem. Vocês sabem. Houve jogos que eu poderia ter vindo aqui reclamar de arbitragem. De tudo que passou o Brasileiro, os jogos que o Atlético Mineiro foi prejudicado… Mas eu não vou falar, vocês sabem e tirem as conclusões.

P: O Galo tem sofrido com expulsões, mas foram dois amarelos hoje. Houve correções?

Milito: Situações que acontecem. É muito ruim receber expulsões. Pelo estilo de jogo intenso, teremos cartões amarelos. Mas o que nos castiga são expulsões. Foi assim no primeiro tempo contra Palmeiras e Botafogo. E sofremos. É complicado. Ainda assim, tentamos ser o mais competitivos possíveis. Mas não é preciso falar com eles. Jogadores profissionais sabem que é prejudicial ter um jogador expulso. Esperamos que isso não aconteça mais.