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Palestras

Galo promove Congresso Internacional – Futebol e ESG

Arena MRV recebe evento histórico sobre governança e sustentabilidade

7/10/2024 16:11
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A primeira edição do Futcon & ESG –  Congresso Internacional de Futebol e ESG – foi um sucesso e fica marcado na história do Atlético, do Instituto Galo e da Arena MRV. Em dois dias de evento (7 e 8 de outubro), a Casa do Galo recebeu figuras notáveis para a discussão da governança ambiental, social e corporativa no futebol.

As palestras foram transmitidas ao vivo na Galotv (assista abaixo). Estiveram presentes representantes do Galo, da SAF do Atlético – Rubens Menin e Bruno Muzzi – do Benfica, do River Plate, da CBF, da AFA (Associação do Futebol Argentino), dos institutos Neymar Jr, Vini Jr e Paulinho, além dos dois últimos capitães campeões mundiais com a seleção brasileira – Cafu e Dunga.

Abertura – O evento começou com a “invasão” do Galo Doido, sob a apresentação ao vivo da Charanga do Galo, animando todos os presentes no congresso. Após isso, o apresentador Jaime Jr chamou ao palco os moderadores João Vitor Xavier e a dra. Clarissa Nepomuceno Soares, que fez uma reflexão sobre ESG e a importância do social dentro do universo do futebol, como isso impacta no direito das mulheres.

“A maior força e o maior ativo dos clubes de futebol são suas torcidas. Junto com essa riqueza, temos a condição e responsabilidade de mobilizar a sociedade com as causas sociais, sobretudo na conscientização para o fim da violência contra mulheres e meninas. Temos projetos nesse sentido no Instituto Galo”, afirmou Clarissa.

O jornalista João Vitor Xavier realizou a abertura oficial do evento, saudando as presenças de Cafu, Dunga e Reinaldo, o maior artilheiro da história do Galo. A convocação seguinte foi para Sérgio Coelho e Maria Alice Coelho, presidentes, respectivamente, do Clube Atlético Mineiro e do Instituto Galo. Sérgio Coelho falou sobre sua trajetória pessoal na filantropia e como esse lado se casou perfeitamente com o Instituto Galo.

“Eu sou da filantropia há 51 anos, comecei com 13 anos. É possível a gente usar a força dos clubes de futebol para ajudar as pessoas. A força é muito grande, impressionante o que é possível construir através do futebol no que diz respeito à filantropia”, disse Sérgio Coelho.

Maria Alice Coelho, presidente do IG, falou sobre o impacto das ações sociais na vida das pessoas. A meta é atingir positivamente 200 mil em 2024. E será cumprida!

“Impactamos 133 mil pessoas em 2023. A nossa expectativa, e estamos bem adiantados nessa meta, é de alcançar 200 mil pessoas. O Instituto Galo tem vários projetos sociais. Um deles, por exemplo, é a Escola do Futuro, escolinha de futebol nas comunidades, a gente preferencialmente contrata pessoas dessa comunidade. Isso visa impactar a própria vida financeira e social desse local”, afirmou.

1º Painel – O painel “Responsabilidade social no esporte e nas empresas” teve as participações de Rubens Menin, Bruno Muzzi, do professor Carlos Braga (Fundação Dom Cabral) e Raphael Lafetá (Instituto MRV).

“O futebol é uma coisa maluca em todos os aspectos. Ele já faz o bem por si só, é um entretenimento para todos, os meninos que jogam futebol desde cedo tendem a ir para o bom caminho. A força do futebol para convencimento é enorme. O que o Instituto Galo fez nesse período de 3,5 anos é sensacional. Estamos só começando. O céu é o limite”, disse Rubens Menin, presidente do conselho de administração da SAF do Atlético.

Carlos Braga explicou os conceitos da agenda ESG (Environmental, Social and Governance em inglês) e como o futebol dialoga com essas questões de ambiente corporativo. O desafio é fazer bons projetos que criem credibilidade e que possam atrair os olhares do “além-fronteiras”.

” ESG é o microambiente, ambiente empresarial que lida com a sustentabilidade. Quais as obrigações que precisamos ter nas empresas? O futebol tem impacto imenso. Já citamos exemplos vários. O ESG entra como? 1/3 da poupança mundial, algo próximo de 30 trilhão de dólares, estão guardados buscando oportunidades de fazer negócios associados à agenda Ambiental, Social e Governança”.

A própria Arena MRV foi construída pelo Atlético com pilares ESG em evidência. O CEO do Atlético falou sobre os conceitos de ambiente, social e governança dentro do estádio e do próprio clube.

“A Arena MRV tem todos os pilares de ESG. Quando falo ambiental, trago o conceito que foi importante no licenciamento da arena. Como erguer esse equipamento numa área degradada, que tinha mata atlântica? Conseguimos auxiliar a construção preservando uma área de 26 mil metros quadrados com duas nascentes. Sobre social, temos o Instituto Galo com toda a sua atuação. Quando o Sérgio assumiu, passamos para quem de fato conhecia. E o IG virou o que virou”.

“A parte de governança, essencial para tudo, o Atlético vem aumentando as práticas de gestão, de transparência. Fizemos a criação do Canal Ético do Atlético em 2023 (compliance), o clube ganha prêmios nessa área, foram duas premiações americanos da campanha “Juntos pelo Planeta”. O futebol é um catalisador gigantesco para dar força a essas políticas”, afirmou Muzzi.

Rubens Menin recebeu novamente a palavra e destacou que o futebol moderno exige as melhores práticas de governança.

“Já foi o tempo do Dick Vigarista, que tentava ganhar de qualquer jeito. Isso acabou. Ou você trabalha as boas práticas, ou está fora do jogo. Nós, aqui no Atlético, temos 100% de consciência disso. O futebol é uma indústria do bem, que cresce e gera emprego. Só vai crescer, entretanto, se tiver alicerces da sustentabilidade. Hoje, temos 12 SAF’s no Brasil, elas não podem mais cometer os mesmos erros do passado”.

Fala, capitão! – No intervalo do primeiro dia de evento, a Galotv conversou com Dunga e Cafu. O capitão do tetra mundial de 1994 falou sobre a intenção do evento de levar aos clubes de futebol essa consciência de força social e mobilização para boas práticas em suas comunidades. O Instituto Galo foi parceiro do Instituto Dunga no auxílio de vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.

“Foi um prazer e uma surpresa grande o Galo ser tão influente dentro do Rio Grande do Sul, não sói no Instituto Dunga, mas nos hospitais, em outras agremiações. Hoje, pé um grande evento, trazendo os clubes e conscientizar as forças que o os clubes tem, todos os dias, não só nos domingos, nas quartas-feiras”, afirmou o ex-volante.

Cafu, responsável por levantar a taça do mundo em 2002, também foi na linha de mostrar como o futebol pode ser uma das maiores ferramentas de transformação social.

“É um prazer estar na Arena MRV, um estádio maravilhoso. Uma honra participar desse primeiro congresso. Temas impactantes. Falamos de cada setor. No meu caso, é o futebol. Tudo gira em torno dessa bola. O futebol é uma ferramenta de inclusão social, uma das maiores. A bola de futebol encanta e transforma as pessoas”, disse o ex-lateral.

2º Painel – Na volta do intervalo para o café, o novo debate foi sobre histórias de vitória e solidariedade. Os moderadores Thiago Reis e Mariah Morais chamaram ao palco Ana Christina Tavaraes, presidente do Instituto Paulinho (e mãe do camisa 10 do Galo), além dos capitães Dunga e Cafu, representantes do Instituto Neymar Jr (Altamiro Bezerra) e Instituto Vini Jr (Victor Oliveira).

Ana Christina falou sobre o trabalho do Instituto Paulinho, fundado em janeiro deste ano, com atuação focada no desenvolvimento educacional de crianças e jovens, através de parcerias estratégicas com escolas da rede pública.

“O Paulinho tem 24 anos, começou cedo, estreou com 16 anos e já tem muita bagagem. Desde a base, tivemos necessidade de ter uma devolução para a sociedade sobre tudo que tivemos. Sou formada na área de educação, e ela move o mundo. É por esse viés que conquistamos as coisas. Atuamos nas escolas municipais, num ensino baseado na aprendizagem ativa e por meio do desenvolvimento de competências”.

O capitão Dunga, por meio da Seleção do Bem, destacou sobre o trabalho desenvolvido num período crítico da história do Brasil – as enchentes do Rio Grande do Sul. Ele agradeceu a ajuda do Instituto Galo e falou sobre a missão de ajudar o próximo e como a união do empresariado e do trabalhador é fundamental.

“Agradeço ao Galo pela ajuda no Rio Grande do Sul. O Galo está fazendo um projeto fantástico, o “Crie o Impossível”. Olho para cada um aqui e vejo a criação do impossível. Há 10 anos atrás, era impossível imaginar os clubes de futebol unidos pela solidariedade. Eu, baixinho e gordinho na infância, ia chegar na seleção e ser campeão do mundo? O Cafu, passou por 300 peneiras e não foi aprovado. Vamos criar o impossível! Temos que parar de brigar. A nossa missão na terra não fica completa se a gente não ajuda o próximo”.

O microfone foi parar nas mãos de Cafu, posteriormente. O ex-lateral falou sobre a sua trajetória de obstáculos e vitórias no futebol, e seu pensamento em relação às ações sociais e a luta para atrair investimentos internacionais na busca de recursos para o terceiro setor. Ele também destacou o foco dos trabalhos na criação de oportunidades para as crianças.

“Tem três pilares fundamentais para as crianças – educação, saúde e emprego. É nisso que estamos prezando nos nossos trabalhos. Criar perspectiva para esses jovens. E é o que faz todos nós presentes aqui. Somos exemplos e transformadores para as crianças. E a educação é primordial para esse princípio de conversa que estamos tendo”.

Victor Oliveira, gerente do Instituto Vini Jr., fez uma reflexão sobre o futebol: “É a maior manifestação social da história da humanidade”. Ele destacou a atuação do atacante do Real Madrid no combate ao racismo, sendo uma liderança natural na briga contra manifestações criminosas, principalmente na Espanha. Além disso, explicou o papel do instituto na educação.

“Nós, do Instituto Vini Jr, acreditamos que não há nada mais inovador na educação do que o professor e o aluno. O que fazemos é contribuir para essa relação. Desenvolvemos ferramentas e metodologia para influenciar positivamente essa relação. Temos, também, essa parte de educação antirracista – oficinas e manual de educação antirracistas – para contribuir na criação de uma geração livre de preconceitos”.

Houve a exibição de uma reportagem do programa Esporte Espetacular sobre os “Cafuzinhos do Sertão”, quando Cafu foi até o interior de Alagoas visitar crianças carentes. Thiago Reis, então, convidou Altamiro Bezerra para falar dos trabalhos realizados no Instituto Neymar Jr, outra referência de ações sociais envolvendo um grande nome do esporte brasileiro.

O economista contou um pouco da sua trajetória pessoal, que envolve o sonho de ser jogador de futebol. Seguiu caminho acadêmico e no mercado financeiro, tendo contato com os conceitos do ESG.

“O futebol é visto por todo mundo e tem uma camada ética inserida. Quando conheci a família Neymar em 2010, eles tinham desejo de criar uma Instituição, sem saber que estavam falando com um cara que nasceu dentro desse conceito. Atendemos 3 mil crianças, abrimos às 5h da manhã e vamos até 23h. Ensinamos mais de 10 disciplinas. Temos um orçamento anual de R$ 10 milhões. Parece muito, não é? Mas se você dividir por cada criança, dá R$ 280,00 por mês.

3º Painel Instituto Galo realizou uma apresentação sobre o compromisso com a responsabilidade social. Ele teve a moderação de Clara Senra, jornalista gastronômica. Clara chamou ao palco Guilhermina Abreu, diretora do Instituto Galo, que explicou detalhes das ações do IG, como o projeto “Crie o Impossível”. Ela também falou sobre novas ações envolvendo ajuda ao Rio Grande do Sul – clique aqui.

“É a maior sala de aula aberta para alunos de escolas públicas mundo. Fomos visitar as escolas do Rio Grande do Sul quando as águas começaram a abaixar. Era um cenário de pós-guerra. Me perguntavam se era parecido com Brumadinho ou Mariana, mas era 10 mil vezes pior. Precisamos ter uma mobilização ainda maior agora que as enchentes passaram, pois não adianta resgatar as vítimas das chuvas e não ajudar a reerguer as vidas dessas pessoas”.

Em seguida, os representantes do Instituto Galo subiram para novas dissertações: presidente Maria Alice Coelho, VP Walter Fróes, a gerente de projetos Romélia Costa e o diretor de comunicação Henrique Muzzi. Romélia falou sobre o crescimento do IG e os projetos em andamento, para destaque na Escola do Futuro.

“O Instituto tem 3,5 anos, e começamos pensando grande. O IG tem várias áreas e linhas. Eu atuo nos projetos. São atendimentos de médio a longo prazo, impactando a vida de pessoas. Usamos as leis de incentivo. Hoje, temos 14 projetos, nosso carro-chefe é a Escola do Futuro, as crianças fazem atividade esportiva, mas acompanhamento social e educacional. Queremos atingir não só as crianças e adolescentes, mas também as famílias e a comunidade. Temos a Escola do Futuro no Morro do Papagaio, com resultados muito bacanas. Estamos dentro de sete cidades do interior de Minas e mais um complexo social aqui no entorno da Arena MRV”, afirmou.

Thiago Camargo (ex-CEO do IG), Gabriel Guimarães (diretor institucional), André Georges (Play for a Cause), Tomáz de Aquino Resende (ex-Procurador-Geral de BH), Léo Reis (American English) e o ídolo Reinaldo também estiveram no palco para falar da trajetória do IG, citando o projeto Imortais do Galo, que valoriza os ídolos do passado, e explicando a existência do Clube dos 113, um grupo de apoiadores que doam cerca de 100 mil dólares por mês para as ações do Instituto Galo.

Confira como foi a programação do evento: 
7 de outubro
  • 14h às 14h30: Presidente do Galo, Sérgio Coelho e a presidente do Instituto Galo, Maria Alice Coelho
    Abertura oficial
  • 14h30 às 15h30: Rubens Menin, Bruno Muzzi, Raphael Lafeta, professor Carlos Braga (FDC).
    Painel: Responsabilidade social no esporte e nas empresas
  • 15h30 às 16h: Coffe Break
  • 16h às 17h: Instituto Paulinho, Instituto Dunga, Cafu e Hulk + Altamiro Bezerra (Instituto Neymar Jr).
    Painel: Compartilhando vitórias e solidariedade
  • 17h às 18h: Diretoria do Instituto Galo + apresentação dos projetos.
    Painel: Instituto Galo: compromisso com a responsabilidade social
  • 18h30 às 22h00: Coquetel*

8 de outubro

  • 9h15 às 10h15: Fundação Benfica, Fundación River, Bem Tricolor e AFA.
    Painel: O mundo no terceiro setor
  • 10h30-11h30: Ricardo Leão, gerente de Desenvolvimento do Futebol da CBF.
    Painel: CBF: combate ao racismo no futebol
  • 11h30-13h00: Almoço.
  • 13h -14h15: Walter Froés + Pacto Global
    Painel: Economia verde, Sustentabilidade, Energia renovável e Governança
  • 14h20-15h40: Bruno Poá (Gerando Falcões) + Juthay (Projeto Romper) + Instituto Mano Down + Juliana e Fred (Dois Pretos no Palco). Painel: Empreendedorismo de favela e inclusão
  • 16h -17h: Raphael Lafeta, Marília Carvalho de Mello, Jarbas Soares, Sílvia Nascimento (AVB) .
    Painel: Como Liderar Estratégias Sustentáveis
  • 17h – 18h: Clubes Brasileiros.
    Painel: O futebol que transforma

Fotos: Divulgação/Atlético

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