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Pós-jogo

Athletico x Galo: coletiva de imprensa com Gabriel Milito

Treinador do Atlético analisa duelo contra o Athletico pelo Brasileiro

18/11/2024 12:56
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Pergunta: O Galo vive um momento complicado com derrotas. O problema maior hoje é mental, técnico, tático? O Atlético está na final da Libertadores e o torcedor vem ficando preocupado, já que esse time já jogou mais futebol do que vem demonstrando ultimamente. Você consegue detectar os problemas?

Gabriel Milito: “Primeiro que devemos reconhecer é que estamos jogando abaixo do que a equipe já conseguiu demonstrar. Estamos atravessando momento muito complicado, futebolisticamente falando, o nível coletivo está muito abaixo do que todos imaginamos. Há que superar essa crise desportiva urgentemente. Sei que estamos na final da Copa Libertadores, temos que melhorar. Por que estamos assim? Às vezes é muito difícil encontrar uma explicação. Sei que as equipes tem momentos bons e ruins, mas a gente, agora mesmo, estamos num momento muito abaixo do que podemos oferecer”.

“Na partida de hoje, pontualmente, defendemos mal, não geramos perigo, sofremos perigo, fizemos uma partida ruim. Isso me preocupa muito, como treinador. Com toda a dor que essas derrotas geram, entendendo a dor que isso provoca nos jogadores e na nossa torcida, temos que redobrar esforços para terminar da melhor forma possível o Brasileiro. Não imaginávamos fazer uma partida como a de hoje”.

“Viemos a jogar contra um campo difícil, adversário difícil e com necessidades. Mas também tínhamos necessidades de ganhar. Não conseguimos nos impor em nenhum momento da partida. Os jogadores deram tudo, tentaram, mas não conseguimos. Acho que o futebol tem a ver muito com o estado anímico. E a equipe está golpeada. Tenta dar o melhor que tem, mas está golpeada. Vamos trabalhar muito nessa reta final para recuperar os jogadores animicamente, esportivamente, melhorar nosso jogo para tentar ganhar”.

“Esses golpes que estamos recebendo nessas últimas partidas nos atinge a autoestima, mas precisamos recuperar essa confiança para competir melhor. Já fizemos isso antes. Estamos abaixo hoje, isso preocupa, claro”.

Pergunta: Nos últimos jogos, parece que a coisa se repete no Atlético. Um primeiro tempo abaixo. Quando o time vai para o intervalo, você conversa, e o time volta melhor, mais competitivo. Você tem essa percepção de repetição de roteiros no Galo?

Gabriel Milito: “Sim, tendo em conta as duas últimas partidas… Contra o Flamengo, isso ficou mais marcante. Um primeiro tempo onde fomos superados, e um segundo tempo em que conseguimos equilibrar um pouco o jogo. Hoje, não. Uma reação normal de quem está atrás do placar, mas não geramos situações de perigo. Eles, a partir dos contragolpes, nos atacaram com muita facilidade. Recebemos situações basicamente por não controlar bem os ataques do adversário. É a realidade. Necessitamos de reação, de voltar a ser essa equipe forte que habitualmente somos. Reconhecer que estamos mal e temos que fazer um esforço extraordinário para, primeiro, jogar melhor e, então, poder ganhar. Não podemos buscar desculpas. Estamos jogando mal e, quando se joga mal, vem os resultados adversos”.

Pergunta: O próximo jogo do Galo é contra o Botafogo, antes da final da Libertadores. O que você planeja para esse jogo? E também sobre a produção ofensiva do Atlético, o time tem feito poucos gols…

Gabriel Milito: “Temos o Botafogo na final da Copa Libertadores. Antes de que isso aconteça, teremos uma verdadeira final na quarta-feira, pelo Brasileiro. Eles estão jogando pelo título, nós, lamentavelmente, estamos buscando outras coisas. Logicamente, precisamos aumentar nosso nível competitivo para ter proximidade de ganhar a partida Necessitamos do fogo sagrado de cada um dos jogadores, e eu sei que eles têm. Eu preciso ajudá-los de uma maneira melhor, trabalhar muito sobre o aspecto anímico. No aspecto físico, não teremos muito tempo. Jogamos, jogamos, jogamos. Necessitamos fazer um esforço extraordinário para melhorar esse momento. É indispensável dar algo mais, sei que é difícil, que custa. Mas temos que fazer. Há que fazer. Temos que, rapidamente, reagir, provocar algo diferente para uma reação urgente. Tentamos fazer hoje, mas não funcionou. Teremos essa oportunidade na próxima partida para provocar essa reação que todos queremos, porque no dia de hoje não tivemos capacidade de produzi-la.

Pergunta: Para quarta-feira, sem muito tempo, você pensa em preservar alguém desse jogo, ainda que seja uma partida contra o líder do Brasileiro? Qual sua ideia?

Gabriel Milito: “Temos que tomar decisões que tem a ver com… Necessitamos de jogadores com “frescura”, me refiro a frescura mental e física. A equipe está chegando ao fim da temporada muito cansada, produto do tanto de jogos que estamos jogando. Vamos eleger quem estiver melhor para a próxima partida, na questão física e anímica. Há jogadores que jogam menos, mas estarão mais descansados para jogar. Teremos um dia a mais, quatro dias de preparação, um a mais em relação ao período de preparação entre o Flamengo e o Athletico. Essas derrotas machucam os jogadores, eles são os primeiros que querem jogar bem e ganhar. Temos que trabalhar muito diante desse aspecto para que, a partir disso, o rendimento esportivo tenha a ver muito mais com o que os jogadores são capazes de fazer do que essa realidade adversa que estamos atravessando”.

Pergunta: Você acha que o fato de o Atlético já estar na final da Libertadores, isso impacta para que os jogadores não tenham tanto foco no Brasileiro?

Gabriel Milito: “Isso pode ser possível ou não. Há questões no futebol que um tenta encontrar explicações e muitas vezes não as encontra. É o que se passa agora mesmo. Não podemos pensar na final da Copa Libertadores, sabemos o que ela significa, mas temos jogos do Brasileirão muito importantes, para reagir, voltar a ganhar. Agora, sei que isso pode acontecer, de pensar na Copa Libertadores. Vamos pensar no Brasileiro, vamos pensar só na partida seguinte, para fazer a melhor partida do Brasileiro, se possível, pois assim o rival irá exigir. A final da Libertadores irá chegar para a gente centrar totalmente nessa partida”.

Foto: Pedro Souza/Galo

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