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Pós-jogo

Atlético x Bragantino: coletiva de imprensa com Cuca

Técnico analisa vitória do Galo no Brasileirão

3/8/2025 21:48
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Foto: Pedro Souza / Atlético
Foto: Pedro Souza / Atlético

Pergunta: Você chegou a 100 vitórias como mandante à frente do Atlético em 138 jogos. Queria que você falasse da sinergia que você tem jogando em Belo Horizonte, diante da torcida, e esse aproveitamento vai ser importante para o jogo contra o Flamengo, na quarta-feira.

Cuca: “Fiquei sabendo desses números no vestiário. São fantásticos, lógico que tenho que dividir com todos que jogaram comigo, comissão técnica. Mas é muito bom, dá confiança grande esse retrospecto em casa, quase 80%. Tomara que isso se prevaleça na quarta-feira”.

Pergunta: Hoje você lançou mão do João Marcelo, que participou do segundo gol. Se fala em reforços para outros setores, mas há uma necessidade ainda de um centroavante na sua equipe, de definição, poder na bola aérea. O Atlético, ou você, não cogita um centroavante por opção ou limitação financeira?

Cuca: “Acho que temos hoje um elenco quase que definido, ainda falta alguma coisinha, chegaram Biel e Alexsander, esses meninos que você falou, o Isaac, o João Marcelo, são jovens que estamos lançando aos poucos. A gente tinha esse jogador que era o Deyverson, perfil diferente, a gente abriu mão deixando ele ir para o Fortaleza. E esse tipo de jogador não é fácil de ser encontrado. Mas o pessoal está atento. Hoje se trabalha diferente. Até os enormes clubes do mundo, PSG, Bayern, Atlético de Madrid, estão partindo para uma outra ideia de jogo que é um time mais jovem. Estamos sempre atento ao mercado, se aparecer um jogador nesse perfil, com idade e barato, iremos atrás”.

Pergunta: Queria que você falasse dos dois novatos que foram titulares – Biel e Alexsander. Você oportuniza esses dois nomes. Terá o Dudu para quarta-feira, e possivelmente o Saravia. Você vai ganhando peças importantes para enfrentar o Flamengo.

Cuca: “No jogo de hoje a gente deu uma rodada, iniciando o jogo com três, depois tiramos mais quatro, cinco, também para dar um equilíbrio físico, fazer o seguimento do controle de carga junto à fisioterapia e fisiologia. Está tudo dentro dos conformes, não perdemos ninguém, não temos ninguém exausto. Lógico que foi um jogo cansativo, tenso. Num tempo atrás, esse jogo poderia acabar 1 a 1. Então, o vento está a favor. Mas não precisamos tomar esse susto. Finalizamos muuuuitas vezes. Chances claras não convertidas. Fica um jogo perigoso. Na única oportunidade que o Bragantino teve, fez o gol. Poderia ter custado dois pontos, fora a parte emocional que envolve outras coisas. Mas buscamos o gol, fizemos e vencemos, que é o mais importante”.

Pergunta: O Flamengo tem o estilo de jogar com posse de bola, o Atlético fez um jogo ali de meia quadra. Na quarta-feira, haverá o ímpeto natural do torcedor de ir para frente. Como controlar isso?

Cuca: “Vai ser um jogo que você terá de usar todas essas formações. Marcação baixa, média, alta. Você falou bem que marcamos bem o Flamengo no campo defensivo. Mas fizemos o gol na marcação pressão, porque temos isso trabalhado. Temos que saber avaliar cada etapa do jogo, cada tempo tem três, quatro etapas. Você comanda uma parte, é comandado em outra, ataca em uma, defende em outra. Temos que entender direitinho e fazer um jogo perfeito para, aí sim, sair classificado”.

Pergunta: Você cita “jogo perfeito” na quarta-feira. Pela importância desse jogo, o que você diria para o torcedor?

Cuca: “O jogo de hoje foi perigoso, você pode olhar os times que jogaram no meio de semana e tiveram o dérbi, outros jogos importantes na Copa do Brasil. Você chega no seu limite máximo de concentração. E depois vem numa partida seguinte e é difícil manter esse limite, é quase impossível. Isso acontece com todos os times. Haja vista os resultados de hoje. Tivemos dificuldade com isso, mas houve concentração relativamente boa. Agora, quarta-feira, é 100% de concentração nos mínimos detalhes. Fazer um jogo equilibrado em todos os sentidos dentro do campo. E jogar bem, porque assim ficaremos próximos do resultado”.

Pergunta: Falar sobre o Scarpa, hoje na lateral esquerda na linha de quadro, contra o Flamengo foram dois jogos de ala. Uma posição que ele já disse ter feito. Queria uma avaliação sobre o Scarpa, até da parte mental do atleta, diante dos acontecimentos recentes?

Cuca: “Você falou que ele prefere jogar numa linha atrás, porque ele é um jogador leve, inteligente, e não pode jogar de costas. Quando ele acha e encontra o espaço atrás, tem passes brilhantes, como uma bola que ele colocou no segundo tempo para o Gabriel Menino, é passe de armador que ele é. O esquema favorece que ele possa sair da posição que ele está jogando para ser o armador. Temos as coberturas para isso. Ele tem aparecido bem. Inquestionável que a volta do Arana nos fortalece bem também. Vamos analisar com calma para ver o que iremos fazer de melhor”.

“E ele recuperar a confiança, é porque é jogador de personalidade forte. Ele e o Rony saíram aplaudidos hoje, era isso que a gente esperava”.

Pergunta: Qual a importância da proximidade do torcedor com o Atlético nesse momento que passou?

Cuca: “O torcedor quer ver o time jogando bem, vencendo, no alto da tabela. Quando tem uma fase que você não consegue ter a entrega… A gente finalizava muito, deu uma caída, agora está voltando. Temos que calibrar o pé para aproveitar as chances. Essa sincronia entre jogadores e torcedores é fundamental para o jogador ter a calma e tranquilidade, até o direito de errar com o incentivo do torcedor. Ficamos muito fortalecidos com isso, sem dúvida”.

Pergunta: O Galo cria bem, muitas oportunidades. Você até repetiu que é preciso caprichar nas finalizações. Há jogadores de qualidade, o Júnior Santos artilheiro da Libertadores, o Rony com o currículo que tem. Mas observamos finalizações de cabeça baixa, às vezes com um colega melhor posicionado. Como trabalhar isso ainda mais contra o Flamengo, que estará com as linhas altas?

Cuca: “Isso é dentro do campo, é do jogador. É o momento dele, ele tem as escolhas dele na hora. É uma fração de milésimos de segundo para pensar e executar. O jogador tem que ser um matemático dentro do campo, saber onde a bola vai vir, o movimento para fazer. Não é algo fácil e um campo novo. Mesmo tendo três meses de casa nova, estamos jogando pouco aqui, ainda há um estranhamento. Ele ainda vai ser um aliado forte nosso. E tem a confiança. Tem lance que você não pega bem na bola e ela entra. O jogador pode pensar em colocar a bola num lugar e vai em outro, e a gente acha que foi um golaço, e pode não ter sido a ideia dele. Lá dentro as coisas são complexas. Quando o jogador está com a confiança elevada, as chances melhoram bastante”.

Pergunta: Quando o Rony joga pelo lado do campo, ajuda muito na marcação, vide o gol contra o Flamengo. Mas agrega pouco na criação ali. Como resolver isso, até porque o Hulk em campo não dá para voltar e marcar lateral.

Cuca: “Pronto, você falou tudo (risos). Pensa que você é o treinador. Você tem que fazer o melhor em prol da equipe, unindo esses dois jogadores. Esses dias tinha um rapaz que fez um blog, me mandaram, parece que o guri estava na preleção nossa. Ou alguém da preleção falou para ele. Do ponto de vista ofensivo, ele detalhou perfeitamente. No mínimo ele estava no jogo para ter aquela visão. A gente tenta encontrar o local ideal para o jogador durante a partida. Pode não ser naquele que ele começou. E a gente tem conseguido isso”.

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