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"Crer que é possível"

Coletiva de imprensa de Milito após Grêmio x Galo

Veja todas as respostas do técnico atleticano após o triunfo no Sul

2/9/2024 13:17
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Foto: Pedro Souza/Galo
Foto: Pedro Souza/Galo

Pergunta: O Galo venceu o Grêmio de virada, nos minutos finais. Qual a avaliação do desempenho e do resultado deste domingo?

Gabriel Milito: “O jogo foi complicado, porque nos ficamos com um jogador a mais, parecia que tudo seria favorável. Mas nos complicaram com 1 a 0 em bola parada. Depois, em contragolpe de um jogador desequilibrante que é o Soteldo. Se complicou demais. Segundo tempo, falei para termos calma e tranquilidade, precisávamos de um gol para entrar no jogo de novo. Precisávamos ser valentes para atacar muito. Por isso mudamos, decidimos jogar no 3-3-4, com Scarpa por dentro junto a Bernard, amplitude com Arana e Palacios, e dois atacantes como Vargas e Deyverson. Depois, tivemos situações. Tivemos muito controle de bola para não perder a posse, duas perdas de posse nos custaram dois gols. Jogamos com ritmo, mas sem precisão no primeiro tempo, e eles iam ter contragolpes, sobretudo com o Soteldo, jogador muito desequilibrante. A ideia é ter controle com bola e ir no 1×1 com o Palacios por direita, principalmente, Saravia dobrando, Alonso atacando muito, e Alan Franco como volante na linha de três, na contenção. O Saravia controlava Soteldo de um lado, e do outro lado, o Alonso fazia o controle”.

“Mudamos a estrutura, cambiamos funções, Arana por dentro e Rubens por fora para cruzamentos para área. Eles estavam organizados atrás, muito fechados e linhas baixas. Decidimos jogar com Cadu e Kardec para finalizar o jogo, e Vargas atuando de meia junto com Arana. Isso terminou bem, a equipe atacou até o final, e conseguimos uma vitória dessas que iremos valorizar muito, muito, pela forma que o jogo aconteceu. Não é fácil marcar três gols, mesmo que com um jogador a mais. Fizemos isso pela insistência dos jogadores e crer que é possível até o final. Temos um plano de jogo e temos que executar com a firma convicção de que isso é o melhor. Fomos melhores no segundo tempo, com a necessidade de descontar, depois empatar, e, se tivesse tempo, ganhar”.

“Um triunfo agônico, no finalzinho, mas era uma vitória muito importante, um jogo pendente e conseguimos os três pontos. Conseguimos e isso nos dá confiança e felicidade. Ao mesmo tempo, devemos aprender sobre o que aconteceu no primeiro tempo, quando recebemos dois gols com um jogador a mais. É ajuste que precisamos falar. A reação diante da adversidade foi muito boa”.

Pergunta: O Galo teve um jogador a mais e recebeu dois gols. O Grêmio não repôs o zagueiro. Porque você não mexeu na estrutura naquele momento, e só no intervalo?

Gabriel Milito: “No minuto 35 de jogo, quando eles marcam 2 a 0, eu pensei que, naquele mesmo momento, fazer as alterações de ataque. No fim, decidi que isso aconteceria no intervalo, para ser claro nas instruções do vestiário, de como deveríamos atuar no segundo tempo. Mas, é verdade, pensei em fazer trocas quando sofremos o segundo gol. Deixei para o intervalo para atacar melhor e ter opções de empatar o jogo no segundo tempo, e os jogadores fizeram isso muito bem”.

Pergunta: Você já disse que não há prioridade de competições nas copas. Mas estamos vendo o Galo com postura anímica diferente em relação ao jogo contra o São Paulo. Você citou lições aprendidas no primeiro tempo. É trabalhar para que o Brasileiro não seja uma segunda opção para o restante da temporada?

Gabriel Milito: “A estrutura tática do São Paulo e do Grêmio são no 4-2-3-1. São posicionamentos iguais. Tivemos a mesma estrutura defensiva nos dois jogos. Cada partida tem distintas situações, não? Foi o que aconteceu. Mas a mentalidade é sempre a mesma – sair para competir da melhor maneira, de ganhar sempre. Entretanto, é um jogo de futebol, há situações favoráveis e desfavoráveis, e há que conviver o tempo todo com isso. O posicionamento defensivo do Galo foi o mesmo contra o São Paulo.

“Não tivemos Hulk e Paulinho, o que obriga fazer duas modificações. Ademais, a maneira de competir sempre será a mesma. Temos que ter essa regularidade, sobretudo no Brasileiro. Acredito que, com essa vitória, e o tempo de trabalho até o próximo jogo, será muito bom. A equipe precisa de tempo para treinar, e vamos aproveitar essa data Fifa. Jogando tantos partidos, não conseguimos tempo para treinar coisas fundamentais. Agora, nesse recesso, iremos treinar e daremos importância ao tempo, ao treinamento e aos conceitos que são fundamentais para jogar cada vez melhor”.

Pergunta: Os jogadores que entraram no segundo tempo deram outra dinâmica ao jogo. Fale um pouco sobre a atuação deles..

Gabriel Milito:
“Estou muito feliz por eles, são jogadores que, habitualmente, não iniciam o jogo, mas finalizam o jogo. Eles têm menos minutos do que outros companheiros. Entretanto, eles se preparam cada dia para estarem prontos para jogar. Estou contente com todos os ingressos dos jogadores, do Palacios, o Vargas, o Rubens (que teve muito tempo fora, uma opção muito importante), mas, sobretudo, por Alan Kardec, que é um profissional top”.

“Ele joga menos do que outros companheiros, mas sempre está com sorriso na cada, jogador positivo na convivência. Quando ele entra assim e é fundamental para a vitória, todos ficamos muito felizes por ele. Ele merece isso, por ser um profissional excepcional e uma grande pessoa. Esses jogadores me ganham o coração, e me dói muito que eles não possam jogar mais, mas faz parte do trabalho de treinador. Fico muito feliz de que, quando ingressou hoje, ele tenha ajudado tanto. Destaco todas as entradas dos jogadores, mas destaco especialmente o aporte de Kardec no time, hoje”.

Foto: Pedro Souza/Galo

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