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Reforço

Deyverson é apresentado pelo Galo: “Parece um sonho”

Confira, na íntegra, a coletiva de imprensa do novo camisa 9 do Atlético

8/8/2024 12:22
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APRESENTAÇÃO DE DEYVERSON:

Victor: Alegria imensa mais uma vez participar de uma apresentação. Alegria e satisfação de poder, hoje, trazer e apresentar o Deyverson. Atleta vitorioso, que tem muita fome por títulos, vitórias, por gols. Atleta que, em outras oportunidades, tinha o nome circulado aqui como possibilidade de contratação. Mas tudo tem um tempo certo na vida. Nesse momento, o Deyverson fez todo o sentido para nós, dentro de um sistema de jogo, característica que ele tem, no conceito de jogo do nosso treinador. Jogador que vem apto a jogar, sem muitas adaptações, conhece todo mundo, tem carisma e sempre demonstrou carinho pelo Galo. Tem muitos atributos e pontos positivos que o credenciou a estar aqui hoje.

Ele chega com contrato até o final de 2025, importante que houve esforço e investimento por parte do comitê da SAF para viabilizar, entendendo a importância de tê-lo aqui. Também agradeço ao presidente do Cuiabá, o Cristiano (Dunshe), que tratou tudo de forma direta e objetiva, com transparência e colaboração. Então, Deyverson, seja bem-vindo, satisfação imensa tê-lo na nossa casa, agora com a nossa camisa, espero que a sua passagem seja tão vitoriosa como outros momentos da sua carreira. Confiamos na sua capacidade e potencial.

Deyverson: Acho que não preciso falar mais nada, ele acabou com as minhas palavras (risos). Só agradecer pelo carinho, estou muito feliz. Gratificante demais. Deus é maravilhoso, ele está cumprindo tudo que eu pedi a ele em oração. Estou emocionado, sou emotivo demais. Nem nos melhores sonhos eu imaginava estar aqui. Mas Deus é perfeito. Muito obrigado, Victor, pelo carinho. Obrigado a essa Massa maravilhosa, que irei conhecer dentro de campo. E ao Galo, todo meu carinho e gratidão.

Victor: Vou entregar a camisa, um número sugestivo. Responsabilidade! Mas isso é algo que não assusta o Deyverson, sabemos da sua história. Vamos entregar a camisa (de número 9).

COLETIVA DE IMPRENSA

Pergunta: Você já jogou na Europa, fez gols em Real Madrid, Barcelona, ganhou quase tudo no Brasil, fez gol de título da Libertadores. O que te motiva ainda?

Deyverson: Obrigado pela pergunta. Teve o gol do título de 2018 também (Brasileiro), não podemos esquecer (risos). O que me motiva, primeiramente, é estar com saúde, servindo a Deus, e fazendo o que mais amo, que é jogar futebol. Sei do meu potencial, da minha forma de agir e treinar. O que me motiva são os planos de Deus, que é trabalhar, jogar futebol, me dedicar ao máximo. Estou bem, tranquilo, espero que as coisas possam fluir da melhor maneira possível.

Pergunta: Muitos torcedores falando que o Deyverson é a cara do Galo. Como será essa sintonia com a Massa? E como você acha que vai se encaixar no esquema de Milito.

Deyverson: Muito feliz pela forma que a Massa me recebeu, na internet. Ainda não tive esse contato pessoalmente, mas não vejo a hora de acontecer. O carinho que eu recebi foi gratificante demais, muito feliz da forma que me receberam no aeroporto, cantaram para mim. O Deyvinho tem a dizer é que eu vou me dedicar ao máximo, vou batalhar. Não falo quantos gols vou fazer, para não deixar esse registro. Mas terei muita vontade, e os gols vão sair naturalmente. O importante não é o Deyverson jogar, e sim o Galo ganhar, somar pontos, lutar por títulos.

Pergunta: Você chega nas vésperas de um clássico com o Cruzeiro. Se sente em condições técnicas e físicas de ser titular? Outra coisa: em um jogo contra o Cruzeiro, pelo Cuiabá, você chegou a fazer o número 9 com as mãos. Nesse episódio, foi uma provocação ou era alusão ao número de gols que você havia feito pelo Brasileiro?

Deyverson: Sobre a primeira pergunta, isso tá nas mãos do treinador. Eu acho que quem jogar ali na posição, vai fazer o seu papel, dará o máximo, todos que estão no Galo tem capacidade de jogar. Se o treinador optar por mim, estou pronto, bom fisicamente, bem mentalmente. Sobre o 9, é algo dentro de campo, é normal, fica dentro de campo, todo clássico tem. Cuiabá x Cruzeiro não é clássico, mas aconteceram diversas vezes, e no calor da emoção, a gente faz algumas coisas. Mas aquilo ali ficou naquele jogo, bola para frente e vamos atrás de coisas novas.

Pergunta: Seu nome foi cogitado no Galo anteriormente. O Clube chegou a conversar com você em outras oportunidades?

Deyverson: Esse romance vem de algum tempo. Mas, agora, dessa vez, ficou em prol do meu empresário, e eu sabia do interesse. Fiquei muito feliz, deixei na mão do meu empresário, ele tinha o meu ok e sabia do meu desejo de estar aqui hoje. E, agora, é depositar todo meu carinho e amor ao Galo e à Massa.

Pergunta: O Galo disputa títulos todos anos, e há algum tempo, está sem um centroavante, camisa 9. Você se vê como um centroavante fixo, ou flutuando nas pontas?

Deyverson: Eu vou me adaptando ao que o treinador quiser que eu faça. O mais importante é o Galo ganhar. Quem jogar na posição ali, dá o seu melhor, se entregar e ajudar o Galo a estar sempre lá em cima. Se formos jogar com um ou dois atacantes, o importante é o Galo ganhar.

Pergunta: Queria te perguntar sobre seu contato com os jogadores do Galo, você jogou com o Scarpa, Battaglia, tem amizade com o Arana..

Deyverson: Realmente, eu fui muito bem recebido, me receberam com muito carinho, sem palavras para agradecer. Todas as pessoas que trabalham no Galo me receberam muito bem, desde o pessoal da limpeza. Tem o Kardec, o Scarpinha, o Arana, o Hulk com quem eu falo no Instagram. Fui acordar o Arana hoje. Eles me receberam muito bem, o Paulinho também. Vai ser um ambiente sensacional.

Pergunta: O Victor brincou sobre a camisa 9 de Dadá, Reinaldo, Marques e Tardelli. Tá preparado?

Deyverson: Quando surgiu o número, fiquei meio nervoso, pô. Camisa 9 que Reinaldo vestiu, Dadá, Tardelli… Fiquei feliz, e ao mesmo tempo, nervoso. Sei da importância do número. Eu nunca fui um centroavante de usar a camisa 9. Sempre usei a 16, que era o número da minha rua. Quando surgiu a chance de usar a 9, eu perguntei para a minha esposa sobre. E ela disse para colocar nas mãos de Deus que daria tudo certo. Tudo que eu faço tem o aval da minha esposa, não faço nada sem ter o aval dela. Então, sentamos e conversamos. Ela disse que não tinha problema, que era para colocar a camisa 9 no peito, e irei honrar esse número com muito amor e carinho.

Pergunta: Você é amado pelos torcedores dos clubes que você passou, e causava raiva nos rivais. No sábado tem clássico, já sentiu aquela ansiedade para estrear contra o Cruzeiro?

Deyverson: Sempre fui um cara ansioso, fico nervoso demais. Tava ali dentro suando, nervoso. Não gosto de falar muito, só que, quando tem oportunidade, eu falo demais. Sobre o clássico, to tranquilo, sobre essa relação com os torcedores, também fico tranquilo, nunca vamos agradar todo mundo. O importante é agradar o torcedor do seu time. Tenho certeza que eu e a Massa vamos nos identificar ali dentro de campo. Eu aprendi uma coisa na minha vida: o mal a gente trata com o bem. Se não gostam de mim, não tem problema, sigo trabalhando, com humildade, pés no chão, reconhecendo que eu preciso melhorar a cada dia. Fico feliz pelo carinho de quem me ama e gosta de mim.

Pergunta: Você prefere Deyverson ou Deyvinho? E, jogando um pouco mais fora da área, o que você pode agregar ao estilo de jogo do Milito?

Deyverson: Eu sempre fui chamado de Deyvinho, né? Agora, virou Deyvinho da piscadinha. Então, ficou nisso. Agora, todo dia, Arana mete para mim a piscadinha. Mas pode me chamar do jeito que quiserem, Deyvinho da piscadinha, da Massa, do Galo. Pode ser do jeito que vocês quiserem. E sobre a forma de jogar, se me colocar como fixo na área, flutuando, vou jogar. Sou um jogador de muita intensidade, lutador, brigador. Não sou o Ronaldinho Gaúcho, não sou de muita habilidade, mas tenho determinação, vou dar o sangue. Se tiver que sair a bola ou eu do campo, que saia eu e tenha o gol. Vou dar o sangue pelo meu time.

Pergunta: Queria que você falasse da disputa dentro de campo. O Hulk está machucado, tem Paulinho e Vargas.

Deyverson: Não há disputa, somos uma família, todos nós vamos defender o Galo. Independentemente de quem jogue lá na frente, eu acho que vamos dar o nosso máximo para o nosso Galo sair vitorioso. É consenso de quem estiver melhor, jogar, seja jogando junto com outros atacantes.

Pergunta: Lemos comentários de que o Deyverson é um personagem que pode se sobressair ao jogador. O que você tem a dizer sobre isso? E fale das suas características de jogo?

Deyverson: As pessoas olham muito do que eu vivi lá atrás e esquecem o que eu estou vivendo. Eu fiz 12 gols pelo Cuiabá (em 2024), as pessoas poderiam valorizar mais isso, o que eu falo de bom. Claro, a minha esssência é de ser um cara divertido, dar risada, tirar foto de todo mundo. Mas tem o lado sério, batalhador, de não gostar de perder, ser competitivo. Eu sou brincalhão, mas sou um ser humano, sou casado, tenho três filhos, tenho meus defeitos e qualidades. As pessoas deveriam deixar de jogar pedra e abraçar esse lado do Deyverson, um cara profissional, que se batizou, vive de forma diferente. Mas se não quiser valorizar, eu entendo.

Pergunta: Você teve um começo do ano conturbado, com afastamento. Ano passado quando houve conversa de que o Coudet queria você… Como é voltar a pensar a temporada em um ambiente totalmente novo?

Deyverson: Esse relacionamento já vem de um tempo, teve o Felipão, o Coudet, e agora o Milito. Fico feliz, significa que as pessoas estão vendo um trabalho bem feito, não só o lado folclórico, mas o jogador com quem não tem bola perdida. Passei por processo difícil, acho que você viram. foram três meses sofrendo ao lado da minha esposa, só ela sabe o que passamos, ela e Deus. Choramos juntos. Mas sou privilegiado por Deus, o que ele fez na minha vida foi extraordinário. Esses três meses que passei no Cuiabá, ela esteve do meu lado. Hoje, estou vestindo a camisa de grande peso do Galo. Peço desculpas pela voz embargada, mas hoje estamos sorrindo, felizes, somos gratos ao Galo e à Massa pela recepção. Quando cheguei na van depois do aeroporto, falei para ela que parecia um sonho. Muito obrigado (Deyverson se emociona e chora).

Pergunta: A torcida do Galo sonha muito em ganhar a Libertadores. No pouco tempo que você está em BH, você enxerga o Deyverson fazendo o gol do título?

Deyverson: Vivi momentos maravilhosos no clube que passei, a Libertadores é muito importante, ainda mais quando você faz um gol inesperado. Eu creio que o Galo vai para a final e, se Deus quiser, possamos ser campeões. Não sei se vai ser gol meu, do Hulk, do Paulinho. Mas tenho certeza que vamos chegar bastante longe.

Pergunta: Você vem de carreira vitoriosa no Brasileiro, tem 33 anos, quais ambições no futebol você ainda tem?

Deyverson: 33? Parece que são 20, né? Mas tudo bem. As minhas ambições são as melhores, ganhar títulos, sempre almejar lugares altos. Tanto coletivo como individual, fazer gols e assistências, dar o meu máximo, não deixar de ser quem eu sou. Acho que eu deixei de ser menino para ser um homem, sou pai, tenho três filhos, sou casado. Não é só o Deyvinho, tenho minha esposa, meus filhos que dependem de mim. Quero fazer o melhor, sempre.

Pergunta: As conversas do Galo com você começaram no período que você ficou afastado no Cuiabá?

Deyverson: Vivi aquele momento de turbulência, vou me controlar para não chorar, foi difícil. Todos nós temos nosso deserto. Me serviu de amadurecimento e Deus me colocou aqui. Se eu passar por algo parecido, eu saberei a saída desse processo. Eu deixei a conversa com o Galo nas mãos do meu empresário. Ele resolve tudo para mim, ele chega e fala que é assim. Depois, eu vou na pessoa principal, que é Deus, depois vem a minha esposa. Tá tudo certo? Vai ser assim, então vamos embora. Vou honrar tudo que o Galo fez para eu poder estar aqui hoje.

Pergunta: Eu queria que você falasse para a gente como você enxerga o futebol? Há a parte da diversão, mas a competitividade do futebol? O que o futebol é para você?

Deyverson: Isso que me faz ser quem eu sou, ter os títulos e gols importantes que eu tenho. Eu sou um jogador, mas também um ser humano, quero transmitir isso para as pessoas, tirar foto com elas. Elas querem estar perto. As crianças querem me conhecer, eu já quis conhecer jogador quando eu era criança. Isso me ajuda muito, me deixa mais leve, tranquilo, em campo. Esse lado do Deyverson é para isso, e não para que as pessoas me tenham como um jogador folclórico.

Apresentação do Atacante Deyverson - 07.08.2024

Fotos: Pedro Souza/Galo