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Personagens imortais: Sérgio Araújo

8/11/2021 18:43
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Sabe aquele lance maravilhoso que você, assistindo a um jogo do Galo, viu da arquibancada do Mineirão e que nunca saiu da sua memória? Ou, então, aquele gol decisivo nos minutos finais da partida, que fez a torcida explodir de felicidade? Ou aquela cabeçada do zagueiro em cima da linha, que salvou o Atlético de uma derrota catastrófica? E aquela defesa impossível do goleiro, que resultou, ao final, em mais um título atleticano?

Pois é, você que é torcedor apaixonado pelo Galo com certeza traz na sua lembrança centenas de imagens que lhe trouxeram um estádio inteiro de alegrias, seja vendo o time ao vivo em campo, seja pela televisão em qualquer lugar do mundo onde a camisa alvinegra desfilou. E se essas imagens marcaram sua vida é porque, por trás delas, estavam jogadores que suaram sangue pelas cores atleticanas, que dedicaram anos de suas vidas às causas do clube, que se identificaram como poucos ao símbolo lutador e guerreiro do nosso Galo. Nada mais natural, portanto, do que tratar esses ex-atletas como imortais, pois jamais eles e suas jogadas (geniais ou mesmo normais), que tiveram importância fundamental em um contexto, serão esquecidos por quem realmente ama o Clube Atlético Mineiro.

Como mais uma das formas de homenagear ex-atletas (e também ex-funcionários) que marcaram seu nome na história gloriosa do Galo, a partir de agora vamos, periodicamente, relembrar com vocês algum personagem que escreveu importantes linhas das belas páginas da vida atleticana. Fique, portanto, de olho, porque este espaço vai, regularmente, trazer uma conversa com um desses ídolos. Quem sabe será ele o responsável por essa gostosa lembrança que você sempre carregou na sua mente…

O terror dos laterais

Rápido como um raio, driblador como poucos e levando pelo corpo a alma guerreira que tanto empolga o atleticano, Sérgio Araújo é um personagem que, com toda certeza, deixou muitas ótimas lembranças para o torcedor. Geralmente pelo lado direito do ataque, protagonizou dezenas de jogadas que resultaram em gols dele próprio ou de vários atacantes servidos por ele.

Serginho Araújo, como também era chamado, foi o típico cria do Galo, tornando-se além de jogador um grande torcedor do clube.

“Eu cheguei ao Atlético com 13 anos, vindo de Timóteo. Minha vida foi formada dentro do Galo. Claro que acabei criando uma grande identificação com as cores alvinegras”, diz ele, lembrando que, aos 15 anos, já tinha conseguido atingir muita coisa bacana lá dentro.

“O Atlético foi e é a minha vida. Todo o status que consegui, todos os bens que obtive e toda a alegria que vivi no futebol eu devo ao Galo”, afirma.

O ponta direita (na época dele havia mais essa definição de pontas no futebol) foi titular e tido como imprescindível ao time por oito anos. Nesse período, conquistou seis campeonatos mineiros e uma Copa Conmebol (atual Copa Sulamericana). Seu nome apareceu várias vezes entre os melhores jogadores brasileiros nas competições em que esteve presente.

Um fato que o atleticano adora saber sobre Sérgio Araújo é que uma de suas vítimas favoritas era o arquirrival Cruzeiro. Contra a equipe do Barro Preto o atacante fez dezenas de jogadas sensacionais, deixando muitas vezes seu marcador tonto e até caído no chão. Além, lógico, de deixar sua marca nas redes adversárias.

“Sempre tive belas atuações contra eles. Desde as categorias de base, quando nunca deixei de fazer meus gols neles, alguns realmente muito bonitos”, relembra.

Sobre jogos marcantes, Serginho comenta que foram tantos que nem consegue destacar um ou outro. “Até jogos em que não saímos vitoriosos ficaram marcados por uma ótima exibição minha e do time”, revela, lembrando a semifinal do Brasileiro de 1987, a famosa Copa União.

Nesse jogo, no Mineirão superlotado, o Atlético precisava vencer o Flamengo de Zico e Bebeto por qualquer placar. O time, treinado por Telê Santana, era até então o melhor do Brasil, mas com poucos minutos de jogo o lateral- esquerdo Paulo Roberto Prestes foi expulso. Para piorar, logo depois o Urubu abriu o placar com Zico e ampliou ainda no primeiro tempo com Bebeto. A segunda etapa foi de arrepiar. Com sua tradicional garra, o Galo foi pra cima dos cariocas, mas só aos 30 minutos conseguiu diminuir, por intermédio do lateral Chiquinho. E quatro minutos depois, Sérgio Araújo, de canhota, fez o gol de empate. O Mineirão enlouqueceu e o time se jogou todo para o ataque buscando o que parecia impossível. Mas o desgaste para chegar ao empate com um a menos foi demais e, já no final, num contra-ataque, Renato fez o gol da derrota atleticana. “Não ganhamos, mas foi uma partida em que jogamos muito diante das circunstâncias”, completa o atacante.

Sérgio Araújo foi, algum tempo depois, vendido para o próprio Flamengo. Ficou na Gávea por um ano e meio quando voltou para o Galo para conquistar a Copa Conmebol de 1992. Saiu de novo, dessa vez para Portugal e, posteriormente, jogou em outros clubes brasileiros até fixar residência definitivamente em BH, onde não se afastou mais do Atlético.

Hoje, ele é presidente do Masters do Galo, time formado por ex-jogadores que disputam campeonatos Brasil afora, representando o clube. E participa, ainda, de ações de apoio a ex-atletas como integrante do Programa Imortal. “Somos uma só família e devemos, à medida do possível, cuidar um do outro”, diz.

Ficha do Craque

SÉRGIO ARAÚJO DE MELO
(SÉRGIO ARAÚJO)
Posição: Atacante (ponta direita)
Data de Nascimento: 12 de setembro de 1963
Local: Timóteo-MG
Jogos pelo Galo: 360
Gols pelo Galo: 58
Títulos: Copa Conmebol de 1992; Campeonato Mineiro de 1981, 1982, 1985, 1986, 1988 e 1991

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