Dadá comemora 67 anos de irreverência

“Existem três grandes poderes: Deus, no céu, o Papa, no Vaticano, e Dadá, na grande área”.

“Me preocupei tanto em fazer gols que não tive tempo de aprender a jogar futebol”.

“Dentro da área, para o artilheiro tudo clareia. Para o não artilheiro, tudo escurece”.

As frases acima demonstram um pouco da personalidade do ex-atacante Dadá Maravilha, segundo maior artilheiro da história do Atlético, com 211 gols, que completa 67 anos de irreverência nesta segunda-feira.

Ídolo da Massa Alvinegra, Dario José dos Santos marcou seu nome no coração dos Atleticanos ao fazer o gol da vitória por 1 a 0 sobre o Botafogo, no Maracanã, em 1971, vitória que valeu ao Galo o título do Campeonato Brasileiro daquele ano.

“O Atlético é o patamar máximo da minha vida. Cheguei como um ilustre desconhecido e o Atlético me fez virar rei, o Rei Dadá, me fez virar um dos maiores artilheiros e um dos maiores ídolos em todos os tempos do futebol brasileiro. Obrigado Atlético, obrigado torcida do Atlético, vocês me ajudaram a voar”, disse Dario, que defendeu o Galo entre 1968 e 1979 e foi artilheiro dos Campeonatos Brasileiros de 1971 e 1972, com 15 e 17 gols, respectivamente.

Dadá Maravilha afirma que ainda se emociona muito com as manifestações de afeto por parte do torcedor alvinegro.

“Meu carinho com a torcida do Atlético é eterno porque houve uma conquista recíproca, eu conquistei a torcida e a torcida me conquistou. O amor é igualdade e intensidade de ambos os lados. Eu amo a torcida do Atlético e tenho certeza que a torcida do Atlético ama o Dadá. Quero pedir à torcida do Galo que continue apoiando o time e eu, como um simples soldado atleticano, quero agradecer a Deus e pedir a ele que abençoe a torcida”, disse o ex-atleta.

Dadá conta que se esforçou muito para se tornar o grande artilheiro que se tornou e afirma que, em termos de profissionalismo, é um exemplo para os atletas mais jovens.

“Disse que não tinha vindo para o Atlético apenas para ser mais um e sim para fazer história, mas muitos não acreditaram. Então, comecei a treinar muito, até sozinho. Aí, chegou o Yustrich, me deu uma chance e virei uma máquina de fazer gols. Cheguei valendo zero e sai valendo cem por cento. O que fiz pelo Atlético, não tecnicamente, mas o meu profissionalismo, a minha vontade e o meu respeito ao torcedor, nunca ninguém vai fazer”, afirmou.

Dario “Peito de Aço” é autor de outras frases famosas como:

“Existem três coisas que param no ar: helicóptero, beija-flor e Dadá”.

“A lei do menor esforço é usar a inteligência”.

“Faço tudo com amor, inclusive o amor”.

“Dentro da área, não houve, não há e não haverá ninguém igual a Dadá: ele tem o olhar balístico da águia, a velocidade do falcão e a impiedade do abutre”.

– “Não existe gol feio, feio é não fazer gol”.

– “Com Dadá em campo, não tem placar em branco”.

– “Não me venham com a problemática que eu tenho a solucionática”.