Executivo fala sobre o momento do Atlético na temporada
Pergunta: Quando a gente olha para o seu histórico de jogador, o Galo construiu uma história vencedora com característica de sofrimento grande. A atual geração, que já é vencedora, está diferente. 2021 foi com rodada de antecedência… Agora, chega na final da Libertadores, chega à final sem levar um gol sequer do River Plate. São maneiras diferentes de se construir histórias vencedoras. Mais tranquilo? Mais prazeroso? Menos sofrido? Como equilibrar isso?
Victor: “Primeiramente, cada equipe e cada conquista tem sua história. Fato é que essa equipe de 2024 vem construindo uma história bem bonita. E é fato e estatístico. No futebol, se ganha, também, quando se sofre poucos gols. Nos últimos jogos, eliminatórios, a equipe vem sofrendo poucos gols. Não é fácil disputar 180 minutos contra o River Plate, pela grandeza do adversário, jogando aqui na Argentina, e não sofrer gols, e ainda levar perigo ao adversário. Acho que o Milito tem encontrado o equilíbrio, conseguido equacionar bem as ações ofensivas e defensivas. Encontrou uma formação ofensiva, também, que proporciona ser letal em alguns momentos como antes, na escapada do Scarpa, Deyverson, depois com Rubens… Talvez não tenha tido tanto volume, mas apresenta efetividade quando chega lá na frente. Isso demonstra todo o trabalho e planejamento feito dentro do clube. Na hora de escolher jogadores, conduzido pelo excelente treinador que é o Milito, em trabalho espetacular. É jogo a jogo, passo a passo, buscando o futebol ideal para conquistar títulos”.
Pergunta: Você acha que o jogo de ontem tem qual tipo de impacto para a final de domingo na Copa do Brasil?
Victor: “Bom, sempre quando você tem êxito no futebol, isso traz confiança. Acho que a equipe vem numa crescente, num momento no qual a confiança está muito alta. Sabemos das dificuldades que iremos enfrentar no Maracanã, serão tão ou mais altas do que vivemos aqui na Argentina. É aproveitar a confiança, mas virar a chave. Porque a gente viu que as vezes uma série se define no primeiro jogo, ou se encaminha bem, como foi contra o River. Todo cuidado, atenção e respeito, é um jogo que vale muito para gente. Aproveitar o bom momento para buscar algo que seja bom para o jogo de volta da Copa do Brasil”.
Pergunta: O Milito chegou a ser questionado numa parte da temporada. O Galo virou um time copeiro, depois. Gostaria que você falasse sobre essas reviravoltas, da atuação do Everson, e como o time chega forte nessa reta final…
Victor: “É o que falei, a gente, ali, no período da Copa América, meio do ano, sofremos muito com os desfalques, lesionados e convocados. O Milito teve grande desafio de encontrar a equipe com equilíbrio ofensivo e defensivo. Sofrendo muito pelos desfalques. Houve sim um momento de questionamento e cobrança, algo normal no futebol. No Brasil, avaliasse resultado e não trabalho. Mas, a gente está dentro do processo e avaliamos trabalho. E posso garantir que o trabalho no dia a dia é muito. Assim como eu, toda a diretoria, os donos do clube apoiaram o Milito todo o tempo. Não houve questionamento em nenhum momento. Esse alinhamento meu com os donos, com o presidente, é importante nos momentos de gestão de crise. A partir do momento que ele teve mais disponibilidade, e com a chegada de novos jogadores ali no meio do ano, ele conseguiu encontrar esse equilíbrio, padrão de jogo, equipe muito consistente, madura, empenhada e concentrada. Para se ganhar no futebol, é preciso ter esses ingredientes, além da capacidade técnica”.
“Esse jogo contra o São Paulo (ida das quartas de final da Copa do Brasil, vitória de 1 a 0 no Morumbis) foi um marco. Vínhamos de período de instabilidade, sofrendo um pouco no Brasileiro, de um avanço às oitavas de final contra o San Lorenzo, sofrendo. Mas encontramos um padrão, uma forma de jogar. E a equipe vem crescendo, reforçando esse padrão. Acredito que até o fim da temporada, possamos conseguir colher mais frutos do trabalho desenvolvido ao longo da temporada”.
Qual a sensação de, como dirigente, chegar a mais a três finais de campeonato em pouco tempo de trabalho?
Victor: “Um privilégio poder fazer parte de uma conquista em 2013 e ter a possibilidade, agora, como dirigente, no primeiro ano nesse cargo, buscar esses dois títulos de Copa do Brasil e Libertadores. Claro, temos as duas finais pela frente, mas também temos que sonhar alto. Existe planejamento para isso. Ontem, eu sofri, como todo atleticano sofreu. Jogo de alta tensão, de alto nível de pressão que nós tínhamos pela frente, ingrediente de Libertadores, atraso do trajeto ao estádio, da polícia na escolta, trajeto que levaria 30 minutos acabou em 1h20, sem explicação. São ingredientes que servem para nos dar combustível para dedicação ainda maior. Pode gerar sensação de desconforto, mas vira motivação. Estratégia de nos irritar vira motivação. Não sei se fico bravo ou agradeço por isso. É gratificante. Assim como eu, o torcedor deve estar muito orgulhoso pela temporada que essa equipe vem fazendo.
Pergunta: O elenco comprou a ideia do Milito, a inteligência de jogo dele. Como é isso? Como é esse processo?
Victor: “Acho que existe… Ontem a gente teve uma imagem muito clássica que comprova a aceitação e carinho dos jogadores pelo Milito. Antes de acabar o jogo, os jogadores começam a jogar água nele. Isso mostra a aceitação e carinho dos jogadores com o Milito. Além da capacidade técnica e conhecimento, é o poder de convencimento. De mostrar que aquilo que está sendo proposto irá gerar benefícios coletivos e, consequentemente, benefícios individuais. O Milito tem muito mérito nisso. A cada dia, ele demonstra, ele cria essa perspectiva, essa ideia de que, aquilo que está sendo proposto é o que vai dar certo e vai fazer o time brigar por títulos, que é a nossa situação hoje. Além do mais, o Milito é um técnico apaixonado, nível de intensidade nos treinos, cobrança, nível de exigência muito alto. Aliado a isso, a competitividade dos nossos jogadores, profissionalismo, a competência tem gerado resultados. Mérito total do Milito e dos atletas que por acreditarem e seguirem o que é planificado a cada partida”.
Pergunta: a final da Libertadores, em função de haver duelo brasileiro, há chance de mudar o local da partida?
Victor: “É um assunto da Conmebol. Muito tem se falado a respeito disso. Até então, não existe comunicado ou algo oficial que demonstre que o jogo final não será no Monumental.
Pergunta: o Everson, mais uma vez, protagonista do Atlético no jogo, tem sido assim nas Copas. Assim como você foi em 2013 e outros anos. Fale um pouco sobre o Everson, que vivenciou momentos difíceis, críticas, lesão…
Victor: “Para mim, hoje, o Everson já é um dos maiores goleiros da história do Atlético, sem dúvida. Por tudo que ele vem fazendo, pelas conquistas, pelas participações decisivas que ele tem. Goleiro de muita capacidade, poder de reação incrível. Momentos de pressão e adversidade é que é possível diferenciar o bom atleta do atleta acima da média. O Everson é um atleta acima da média. Tem desenvolvido essa capacidade de responder, com grandes atuações, momentos de muita pressão. Então, tem sido fundamental para chegarmos às finais. Mas, também, muito fruto do trabalho. Temos que enfatizar o trabalho feito pelo Danilo e o Rafael, os treinadores de goleiro, assim como os outros goleiros, Matheus Mendes, Delfim, Átila. Eles têm um ambiente de trabalho muito respeitoso, saudável e amigável, sem abrir mão da competição interna. O Everson sabe que, se ele der brecha, têm três jovens goleiros voando. Acho que é o trabalho e comprometimento faz com que ele, a cada jogo, tenha nível de performance excelente. Ele foi fundamental para essa classificação”.
Pergunta: fale um pouco dos reforços do meio do ano, quatro são titulares hoje – Alonso, Lyanco, Vera e Deyverson. O que fez diferença para esses jogadores chegarem e já fazerem tanto impacto no time…
Victor: “Acho que cada caso é um caso. Vou falar nome por nome. O Vera era o jogador no qual o Milito conhecia. Talvez tenha sido o único que ele pediu. Ele falou que se a gente trouxesse o Fausto Vera, ele faria o jogador jogar num nível que a gente não tinha visto. O Fausto já estava adaptado ao Brasil, ao jeito do Milito, o que nos ajudou bastante”.
“O Lyanco, muito vigor físico, tinha um desejo muito grande de jogar pelo Atlético. Percebi isso desde a primeira conversa, ambição e desejo de estar aqui. Muito bem conduzida a parte negocial, a preparação dele. Levou um tempinho a mais para jogar, adaptação. O Milito falava com ele sobre se preparar e entender os conceitos para render ao máximo. Até pela lesão do Saravia, agarrou a oportunidade e se consolidou com jogador ali pela direita”.
“O Deyverson, acho que é um consenso que ninguém esperava uma ascensão e identificação tão rápida, com gols tão importantes. Um jogador que a gente tinha a perspectiva de vir e ser opção a mais para o Milito, jogador de bola aérea, de área, junto com Kardec. Adaptação fácil, todo mundo conhece o Deyverson, que tem aceitação e carisma muito grande”.
“O Bernard, jogador que já conhece o clube, infelizmente teve essa lesão. O Alonso, para mim, está na sua melhor versão das três passagens que teve pelo Clube. Muito maduro e concentrado, cresceu muito, regularidade, fisicamente está bem. E também já conhecia o clube e o conceito de jogo que o Milito trabalha, tem similaridades com aspectos do trabalho de Sampaoli. Por fim, enaltecer o ambiente de trabalho que já temos, muito saudável, respeitoso, dia a dia na Cidade do Galo muito leve. Todo funcionário que trabalha no CT se sente pertencente ao processo, convivência harmoniosa, isso traz leveza e corrente positiva para dentro de campo. Os jogadores que estão há mais tempo recebe muito bem quem chega, o Hulk, o Arana, o Scarpa se adaptou muito rápido, o Mariano, Igor Rabello, Everson, as lideranças do elenco abraçam bem quem chega para que eles sejam as melhores versões possíveis nas partidas”.
Pergunta: Victor, eu queria que você falasse um pouco em cima disso, continuando nesse aspecto do ambiente. O Milito chega, se adapta rapidamente ao ambiente do Atlético. Eu queria que você falasse um pouco sobre como é a questão das decisões do dia a dia. Por exemplo, o Milito teve que optar por fazer algumas variações no time, poupar alguns jogadores. Como é a sua participação em relação a isso nessa decisão? Se ele compartilha isso com você, com o próprio Pedro, que é o gerente de futebol. Como é esse ambiente e também das lideranças? Se os líderes do Atlético, esses jogadores que você citou, se eles participam de algum tipo de conversa nesse aspecto…
Victor: “Estava hoje no café da manhã lembrando o dia que eu estive aqui para negociar com o Milito. E desde o primeiro momento, desde a primeira conversa que nós tivemos aqui na casa do empresário dele, uma palavra sempre caminhou comigo a partir dessa conversa que se chama convicção. eu vi que nós tínhamos um treinador com um perfil excelente para conduzir um projeto que é muito bem feito. E o Milito é sempre muito aberto ao diálogo. Então, claro que as decisões são sempre dele, a gente não pode decidir, mas ele é sempre muito aberto a esse tipo de debate, essas avaliações, a escolha de quem vai jogar ou não por uma questão de controle de carga, os riscos, analisamos juntos os riscos o próprio Pedro também tem u canal muito aberto e direto com ele e comissão técnica, assim como eu e isso facilita também porque as decisões sejam na parte técnica, sejam na área administrativa aqui no clube elas são sempre compartilhadas elas nunca são feitas de forma isoladas ou de forma imposta. Porque aqui entendemos que quando acerta, acerta todo mundo e quando erra, erra todo mundo. Então, quando você tem decisões compartilhadas, as margens de erros diminuem. E assim também você não sobrecarrega A ou B. Claro que certas decisões têm que ser tomadas, mas quando são passíveis de debate, assim fazemos. E o milito, nesse sentido, ele sempre está muito disposto e muito aberto para ouvir o nosso pensamento. Acho que essa também é uma grande característica de um grande líder, saber ouvir a opinião das pessoas que o cercam no dia a dia, porque a gente sabe que as opiniões e os debates, eles são feitos em prol do crescimento coletivo”.
Pergunta: Com tanta sinergia, tanto elogio ao trabalho, ao ambiente, ao diálogo desde o primeiro momento, que tipo de respaldo o Milito tem hoje com vocês para um projeto de longo prazo? Você espera que esse seja realmente um projeto de longo prazo do Milito para o Atlético?
Victor: “Sem dúvida, a gente chegou ao nome do Milito para ser o condutor de um projeto, não somente de uma temporada. A gente tem colhido frutos do trabalho logo no primeiro ano, isso é ótimo, isso é excelente. Passa pelo planejamento estratégico-financeiro que a gente tem no início da temporada. Mas acima de tudo, estamos falando de um projeto, de uma construção, de conceitos, de uma identidade de futebol. E é baseado nesse projeto e nesse plano de trabalho que a gente trouxe o Milito, tem contrato até o final do próximo ano e tudo caminhando bem. É tê-lo aqui por muitos anos para realmente ser um embaixador-técnico do Galo para fazer o clube cada vez mais forte, mais sustentável e cada vez mais vencedor”.
Pergunta: O Atlético já superou e muito as expectativas orçamentárias com premiação, pelo desempenho esportivo nas Copas e queria saber como isso impacta no seu trabalho para o ano que vem. O torcedor do Atlético pode esperar uma postura mais agressiva do clube, talvez, na janela de transferências, ou você vai ter que seguir lidando com limitações orçamentárias nesse sentido?
Victor: “Sim, nós já temos algumas conversas no sentido de fechar um orçamento, um planejamento, mas acho que falar de contratações e investimentos nesse ele não faria tanto sentido, porque o foco está exclusivamente nas decisões. Obviamente que não estamos passivos em relação ao tema, temos trabalhado, temos conversado internamente, mas de toda forma, um ano que você tem grandes receitas, ingressos de receitas no clube. Da mesma forma, você tem que agir com responsabilidade, porque entendemos que o clube tem dívidas importantes a serem sanadas, muito se fala em sustentabilidade a longo prazo, então, tudo que a gente conquista em termos financeiros, a gente tem que ser muito inteligente, muito diligente também para poder reinvestir. Então, é encontrar esse equilíbrio entre o que você ganha e o que você pode gastar para que o clube, a médio prazo, ele consiga zerar seu passivo, ele consiga manter um time competitivo e manter seu nível de excelência. Então, é encontrar esse equilíbrio. Nem fazer loucura na euforia do momento, que a gente está vivendo um bom momento, mas também ter esse equilíbrio financeiro que é tão importante para a saúde do clube. Então, estamos aí ajustando esse ponto, mas sabendo que os donos do clube estão muito vigilantes desse ponto, são muito envolvidos no projeto, amam a instituição e entendem também a importância de investimentos para cada vez o clube ser mais forte, mais vencedor e ter um padrão de excelência que o Galo merece”.
Pergunta: Você falou que ontem a dificuldade acabou se transformando em motivação. Queria que você relatasse para a gente, que estava acompanhando só pelas imagens, o que aconteceu desde a saída do hotel, por favor. E até falasse também sobre a recepção ao estádio ali, né? Aquela festa toda ficou parecendo até que era a final do River ontem. Como é que foi você, que é um cara tão experiente, não só como jogador, mas também um tempo já como dirigente, viver tudo aquilo junto com os jogadores e da forma como foi conseguir a classificação diante desse todo cenário? Mas, por favor, relata a situação do ônibus, que é para a gente entender.
Victor: “Sinceramente, acho que ninguém ficou surpreso com o que aconteceu. De certa forma, infelizmente, nós esperávamos que isso acontecesse, porque vende-se uma ideia de… Vende-se não, é uma competição com status, um glamour hoje muito grande, mas alguns pensamentos ainda arcaicos, como você hostilizar o adversário, você travar ônibus, você soltar foguete na véspera da partida. Então, são pensamentos ainda da década de 1960 que, para nós não gera desconforto, muito pelo contrário, acho que isso gera uma mobilização maior”.
“Então, falando especificamente da questão do ônibus… Nós já planejamos sair um pouco antes. Porque o trajeto era calculado em 30 minutos. Tivemos três reuniões de coordenação de segurança para alinhar isso. Eles queriam que saíssemos 19h10. 18h50 já estávamos todos no ônibus, pronto para sair. E ficamos mais de 25 minutos dentro do ônibus esperando para sair. A primeira alegação era que não havia segurança, que não tinha ordem para sair. Isso depois de todas as reuniões que aconteceram. Depois alegaram que haviam 30 ônibus da nossa torcida no mesmo trajeto. Que isso para mim eu não via como um risco, porque era a nossa torcida afinal. Depois de 25 minutos chegaram algumas motos de escolta e aí sim saímos. E quando parecia que tudo ia caminhar, simplesmente a polícia para no meio do trajeto, no meio da rua, não tinha trânsito, não tinha nada e ficamos ali mais uns 15 minutos discutindo com eles para poder entender o que estava acontecendo. Aí já muda o discurso, falando que havia conflito entre torcedores próximos ao estádio, que não tinha autorização para sair. Mas, enfim, é lamentável porque tudo foi discutido, foi planejado, foi alinhado com o nosso departamento de segurança também, mas não me surpreendeu. E a gente sempre é aquele ditado, transformar um limão num limonada, e foi assim que fizemos”.
“E sobre o estádio, uma festa incrível, festa linda, acho que é isso que a gente também tem que enaltecer. Acho que o comportamento ali dentro do estádio também, o torcedor do River fez uma festa linda. Lamento que é um tipo de festa passiva de punição, de multa, porque acho que isso é a essência do futebol sul-americano, a gente também não pode simplesmente acabar com essa cultura da entrada no campo, assim como no nosso estádio a gente já sofreu sanções, é lamentável, às vezes é muito protocolar. Mas enfim, uma emoção tremenda, uma festa incrível, uma alegria gigantesca de poder estar inserido, envolvidonesse projeto, nessa possibilidade de caminharmos para a Glória Eterna e um privilégio de poder ter conquistado como atleta e vislumbrar essa possibilidade de tê-la agora também como dirigente”.
Pergunta: Por conta dessa paralisação aqui na Argentina, o Atlético ia embora ontem e acabou ficando mais um dia na Argentina; Isso cria algum impacto no planejamento, na programação do Atlético para o jogo contra o Flamengo?
Victor: “Não, na verdade não, porque nós tínhamos hoje planejado um dia de descanso, chegando em BH. Como eu falei, olhar o copo meio cheio, tivemos essa dificuldade com a logística, mas por outro lado a gente ganha um dia a mais de descanso, porque nós voaríamos na madrugada e essa madrugada serviu para descanso. Então, nós tivemos uma noite de sono melhor, isso acelera também a recuperação. Dentro das dificuldades, você consegue enxergar algo muito positivo, dada a importância do jogo de domingo e o momento da temporada que nós estamos, que já é um momento de desgaste alto, então todo descanso é importante. Nesse sentido, acabou sendo algo positivo. Claro que todos gostariam de já estar em casa, estar descansando, entende que o momento também com a família é importante, mas também houve uma compreensão e uma aceitação muito positiva dos atletas. Acho que a gente tem que enaltecer, entender o momento, que é de sacrifício, que vejo como um investimento para que a gente consiga alcançar esses dois grandes objetivos que nós temos para a temporada. Mas em relação à programação do Flamengo, nada se altera”.
Foto: Pedro Souza/Galo
Siga o Galo nas redes sociais: @atletico