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"Inaceitável"

Clube se pronuncia sobre incidentes na Arena MRV

CEO garante novas medidas de segurança na Casa do Galo

12/11/2024 14:26
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O Atlético se pronunciou, através do CEO Bruno Muzzi, sobre os fatos ocorridos na Arena MRV durante a final da Copa do Brasil, no último domingo. Ele lamentou os incidentes da partida entre Galo e Flamengo, garantindo que o Clube irá rever aspectos do protocolo de segurança do estádio.

“É inadmissível o que aconteceu na Arena MRV. Não vamos nos isentar de culpa, erramos e vamos assumir. Vamos implementar novas medidas, mais duras, para que isso não se repita dentro da nossa casa”, afirmou.

O Atlético já identificou alguns infratores, que serão punidos de forma severa pelo Clube. No dia do jogo, 16 torcedores foram conduzidos pela Polícia Militar, sendo que 12 foram detidos por conta de incitação de tumulto, ameaça e caso de injúria racial.

O Galo segue em total colaboração com as autoridades de segurança pública na investigação de todos os crimes cometidos. Representantes da Polícia Militar estiveram na Arena MRV na segunda-feira para prosseguir os trabalhos de identificação e punição dos infratores.

Além disso, o Clube já iniciou a assistência ao fotógrafo Nuremberg José Maria, atingido no pé por uma bomba. Ele foi visitado pelo presidente Sérgio Coelho, na manhã desta terça-feira, e o Galo se ofereceu para custear todos os gastos médicos pelos danos causados ao profissional de imprensa.

Bruno Muzzi destacou que o Clube já estuda medidas de segurança, como a instalação de vidros no nível Brahma, o setor mais próximo do campo, para impedir o arremesso de objetos no gramado, além da revisão dos protocolos de acesso ao perímetro do estádio e à esplanada. Haverá o aumento do perímetro de segurança no acesso a Arena MRV.

O CEO também lamentou a hostilidade sofrida pela delegação do Flamengo, que não condiz com a forma pacífica e respeitosa com a qual o Atlético foi recebido no Rio de Janeiro. Bruno Muzzi comentou sobre o Hino do Galo executado ao fim da partida, admitindo que foi um equívoco da operação do estádio, algo que não está pautado na sabedoria de encarar as derrotas.

“Fomos bem tratados no jogo de ida da Copa do Brasil. E não houve essa reciprocidade aqui em Belo Horizonte. Lamentamos isso. Sobre o Hino do Galo após a partida, foi uma discussão interna acalorada, somos profissionais e é preciso saber ganhar e perder, ainda mais com o nosso planejamento para colocar o Atlético na disputa de todas as competições”.

Segurança da Arena MRV

A partida entre Galo e Flamengo, na Copa do Brasil, foi a de maior efetivo de seguranças particulares e policiais do Batalhão de Choque da PMMG. Entretanto, Bruno Muzzi ressaltou que esse aumento não foi suficiente para impedir os incidentes. Ele explicou que houve invasão na Esplanada e nas catracas, de forma coordenada, por bandidos disfarçados de torcedores.

“Tínhamos mais de 700 seguranças na partida, quase o dobro do que costumamos ter. A Arena MRV conta com 350 câmeras monitoradas em tempo real pelo nosso centro de comando, o CCO  (Centro de Controle de Operações), que é o gabinete de crise no qual há o trabalho conjunto entre a equipe de segurança do Atlético e da Arena MRV, Polícia Militar, Guarda Municipal, Polícia Civil e Bombeiros. Eu acompanhei todos os trabalhos lá no CCO”.

Bruno Muzzi defendeu que é preciso rediscutir a presença da Polícia Militar nos estádios, como força principal e não mais suplementar. “Os seguranças particulares são treinadores para lidar com torcedores, e não com bandidos. Quem lida com bandido é a polícia”.

“Tivemos muitas invasões na Esplanada. Isso formou o chamado “cavalo doido”, que é uma ação coletiva de bandidos para invadir os portões, o que nos obrigou a fazer o fechamento dos portões. Esses bandidos entraram na Arena MRV com bombas e cometerem arrastões”.

Possível punição do STJD

Bruno Muzzi foi questionado sobre a informação de que a Procuradoria do STJD irá solicitar a interdição da Arena MRV. O Clube irá acatar qualquer punição, mas não abrirá mão de se defender no Tribunal.

“Não vamos nos isentar de culpa, erramos e vamos assumir. Iremos estabelecer medidas mais duras no nosso protocolo de segurança. Aquela selvageria não pode mais acontecer. Vamos nos defender na esfera da Justiça Desportiva e esperamos a punição seja nos mesmos moldes das aplicadas em casos similares”.

Foto: Carol Teixeira/Galo

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