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pós-jogo

Inter x Atlético: coletiva de imprensa com Diogo Alves

Auxiliar de Sampaoli analisa empate pelo Brasileirão

2/11/2025 21:57
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Pergunta: Quais foram os pensamentos e decisões após a expulsão? O quanto isso prejudicou o jogo do Galo?

Diogo Alves: “Eu acredito que, vocês conhecem a gente, e sempre temos um plano ofensivo bastante claro, de jogo. A gente não veio fazer algo diferente que não fosse atacar o Inter, como sempre prega nosso comandante. Mas, claramente, a expulsão condiciona todo um plano, uma perspectiva de jogo. Eu acredito que, inicialmente, a gente valoriza muito, mas bastante, esse ponto, a disposição dos nossos jogadores, a entrega e, sobretudo, a organização coletiva. Não basta só ter vontade nesse tipo de jogo, considerado uma final para as duas equipes”.

“Em relação a tudo que passa depois da expulsão, era encontrar ferramentas, sobretudo mais defensivas, que nos fizesse suportar o jogo, sabendo que o Inter, conforme o tempo fosse passando, provavelmente desmancharia parte da cultura implementada pelo Ramon Diaz. Volto a falar, na minha visão, as decisões foram assertivas. Quem entrou, pode agregar e fazer o Atlético, hoje, bastante forte e sobretudo naquilo que o nosso torcedor sempre demanda, que é ter uma identidade bastante aguerrida”.

Pergunta: Sobre a formação da equipe, ficou a impressão que o jogo contra o Del Valle foi um bom jogo do Atlético, e que a formação poderia ser repetida, à exceção do Arana. Mas vimos o Ruan e o Bernard saindo. Foi uma questão física, tática? Ou testar uma nova formação…

Diogo Alves: “Eu acredito que, daqui até os jogos finais (da temporada), é importante que a gente consiga, de fato, oportunizar mais atletas, para que o nível coletivo suba. Obviamente, tivemos todo o setor de fisiologia do Clube que indica quem está mais desgastado. Toda essa demanda é levada em consideração para as tomadas de decisões. De fato, sem dúvida, é vir aqui para competir com o Inter, sabendo da exigência que o Inter iria impor na partida, e ser o mais forte possível, independentemente dos nomes. É assim que o Jorge tem feito desde o começo desse trabalho, vocês o conhecem de outros trabalhos. Jorge dificilmente repete escalações, porque os rivais não são iguais, então demandam estratégias diferentes em contextos diferentes e, seguramente, jogadores diferentes”.

Pergunta: Sobre a sequência do Galo no Brasileiro, até a final da Sudamericana, irá enfrentar Bahia, Sport e Palmeiras. Como está esse planejamento de buscar pontos no Brasileiro para distanciar do Z-4 e ter que lidar em ter o time pronto na final?

Diogo Alves: “Em relação ao corpo técnico, é um trabalho pensando no próximo jogo. O Atlético ainda beira zonas perigosas no campeonato, e precisamos respeitar a situação, que pode ser traiçoeira. Sem dúvida, imaginando um cenário de final, é uma base sólida do que estamos produzindo. É algo próprio do Jorge de pensar sempre no próximo jogo. É assim que iremos administrar o trabalho até o jogo contra o Lanús, pois a nossa situação no Brasileirão não está, de fato, tranquila. A gente precisa, realmente, levar cada jogo, sobretudo aqueles que são na nossa Arena, como uma guerra, pensando em levar o máximo de pontos possíveis para escapar desse fantasma sempre complexo para qualquer time grande do nosso cenário”.

Pergunta: O que faltou para a partida de hoje, pois o Atlético construiu bastante em jogadas de articulação? O que faltou para ter a finalização do gol e o Atlético sair com os três pontos?

Diogo Alves: “Para um jogo de posição, são necessárias mais peças, precisa ter alturas, eixos, dominar o adversário. Acreditamos o futebol assim, equipe que domina, que tenta protagonizar, e precisamos de 10 jogadores, muitas vezes até do Everson. A partir da expulsão, ficou difícil controlar a posse, o jogo, e tentamos umas trocas para manter a competitividade alta, mas tentar tirar a bola do Inter, o que foi difícil e até não tivemos êxito. Mas, para um jogo de protagonismo, é preciso ter todos os jogadores em campo, para colocar dúvida no adversário a todo momento. Realmente, somente no duelo, na competição fica muito complicado avaliar o jogo sob esse aspecto”.

“Hoje, prefiro enaltecer aquilo que foi feito em base à organização defensiva, que foi crucial, somada à questão anímica, de vontade, disposição, que precisa ser valorizado não só pela gente, mas também por vocês e pelo nosso torcedor”.

Pergunta: Você comentou sobre encarar o jogo como final, e uma final precisa de um bom goleiro. Poderia avaliar a atuação do Everson, um goleiro com calibre de seleção brasileira??

Diogo Alves: “A gente já fala há alguns anos, vocês sabem, o Everson foi recrutado pelo Jorge no Santos, em 2019. Um goleiro com certa idade, de pouco destaque no cenário nacional. A gente recruta ele naquele momento, e a partir dali, acaba trazendo para o Clube Atlético Mineiro. Não preciso ficar enaltecendo o Everson, pois ele sabe do carinho, do respeito, e da qualidade que ele tem futebolisticamente falando. Goleiro extremamente completo, grande capacidade de solução, qualidade com os pés pouco vista no futebol brasileiro. Não quero fazer lobby por nada, mas o Everson deveria ter os olhos da nossa Confederação Brasileira, pois é um goleiro que vem há cinco, seis anos, com ou sem o Jorge, trazendo coisas muito importantes para o clube. Então, sem dúvida nenhuma, o Everson e toda equipe merece ser enaltecida por tudo que foi produzido no jogo”.

Pergunta: O torcedor do Atlético espera muito desse trio de ataque – Dudu, Rony e Hulk. Esse pode ser a formação titular? Como está o clima no vestiário sobre esse empate?

Diogo Alves: “Acredito que o vestiário do Atlético está bastante preocupado por aquilo que aconteceu no jogo. Não gosto de falar sobre arbitragem, jamais entro nesse aspecto, mas acho que ficou claro e evidente… Acho que o vestiário tem uma certa revolta, por tudo que aconteceu, claramente você precisa se dispor mais, correr mais, o que é difícil para o jogador de futebol. Mas acho que ficamos contentes com um ponto que iremos levar para Belo Horizonte”.

“Em relação ao ataque, o que a gente mais tem pregado nesse momento é encontrar relações socioafetivas para a gente conseguir ganhar jogos. Daqui até o final, vamos provando e encontrando muitas situações, ainda que em jogos recentes, temos encontrado muito com o Bernard, que é um jogador que aporta muito para o volume ofensivo. Acredito que, pouco a pouco, vamos encontrar combinações e soluções que nos faz ganhar jogos, escapar da zona incômoda e tentar ganhar a Copa Sudamericana, que é um objetivo plausível para o Clube”.


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