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Lendas

R10, Reinaldo, Dadá… Imortais do Galo na Libertadores

Grandes ídolos do Atlético tiveram participação na competição da Conmebol

29/11/2024 17:39
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A trajetória do Atlético na Copa Libertadores é contada, também, pelos desempenhos de seus principais ídolos. Desde o grande artilheiro Dadá Maravilha na década de 1970, passando pela referência-mor Reinaldo, até chegar no bruxo Ronaldinho Gaúcho e, nas últimas edições, o super-herói Hulk.

O Galo disputa mais uma final da competição, após ser campeão de 2013, com grandes craques no elenco. A relação do Atlético com a Libertadores começou em 1972, como o campeão do Brasil. Dadá manteve seu faro de artilheiro. Já em 1978, o time era formado pelos Crias do Barbatana, mas sem Reinaldo. Na edição seguinte, em 1981, o Rei brilharia e, fatalmente disputaria a taça, se não houvesse um certo apito no caminho.

O Galo só voltaria a jogar a Libertadores em 2000, com um time comandado pela dupla Guilherme e Marques. O camisa 7, inclusive, fez o gol mais bonito de sua carreira, de trivela fora da área, na goleada de 6 a 0 diante do Cobreloa, no Mineirão. Mais um hiato até o retorno triunfal em 2013. A equipe de São Victor e R10 conquistou a América!

Agora, nessa nova era do Clube, Hulk é o rosto do sucesso dentro de campo, o líder de um elenco que, entre idas e vindas de grandes jogadores, se manteve na disputa pelas principais taças. Semifinalista em 2021 (eliminado de forma invicta), o Atlético está na briga pela Glória Eterna com o Botafogo, e constrói novos ídolos que brilham no certame da Conmebol.

Veja, abaixo, o resumo de desempenho de alguns dos Imortais do Galo:

Dadá Maravilha (1972)

Artilheiro e campeão do Brasileirão de 1971 (15 gols), Dario atuou pelo Atlético na edição de 1972, quando o Galo foi eliminado na fase de grupos após empatar cinco de seus seis jogos contra São Paulo, Cerro Porteño e Olimpia. Numa partida diante do Olimpia, que estava 2 a 2, o árbitro expulsou cinco jogadores do Galo, e o jogo foi encerrado dando os pontos para o rival. Contra o Cerro, no Paraguai, a única derrota por 1 a 0.

Dario fez três gols em seis jogos, sendo tentos importantes. O primeiro deles foi para decretar o empate contra o São Paulo (2×2) na estreia, no Mineirão. Depois, ele fez 1 a0 contra o Cerro na rodada seguinte, com o Galo sofrendo a igualdade. Os jogos seguintes terminaram em 0 a 0. Até que o Galo vencia o Olimpia por 2 a 0 no Defensores del Chaco, com gols de Ronaldo Drummond e Dadá. O árbitro, no entanto, cedeu à pressão do time da casa e começou a tomar decisões estranhas. O Olimpia chegou ao empate.

Reinaldo e Éder Aleixo (1981)

O maior artilheiro do Atlético, com 255 gols, Reinaldo José de Lima participou também de apenas uma Libertadores pelo Galo. Em 1978, como melhor jogador do futebol brasileiro, o Rei estava com a seleção brasileira que iria disputar a Copa do Mundo na Argentina, e foi desfalque em toda a competição. No mata-mata, ele estava lesionado no joelho (tendo operado nos Estados Unidos, quando recebeu a visita de Pelé).

Em 1981, novamente como vice-campeão brasileiro, o Atlético disputou a Libertadores e caiu no grupo com Flamengo, Cerro Porteño e Olimpia (novamente). Aquele esquadrão, que foi comandado por Pepe e Carlos Alberto Silva, só não foi para o mata-mata por conta da arbitragem escandalosa de José Roberto Wright na “nega” contra o Flamengo.

Reinaldo fez dois gols em seis jogos naquela campanha. Balançou as redes nas duas rodadas finais da fase de grupos, 2 a 2 contra o Cerro Porteño (abriu o placar) no Mineirão, e também 2 a 2 contra o Flamengo (empatou o jogo) no Maracanã. Mas, quem se destacou mesmo foi Éder Aleixo.

O “bomba” marcou três gols em seis jogos, sendo dois gols de falta na estreia contra o Flamengo (2 a 2 no Mineirão), e o da vitória diante do Cerro Porteño no Paraguai (1 a 0). Ainda foi o responsável pelo passe para o gol de Palhinha contra o Olimpia, em casa, vitória de 1 a 0. Nesse jogo, Éder revidou uma agressão, foi expulso, punido em dois jogos, e só voltou a atuar no Serra Dourada, naquela jogo manchado pelo desempenho do árbitro.

São Victor (2013-2019)

O Atlético foi campeão da Copa Libertadores de 2013 ao vencer o Olimpia nos pênaltis com o Mineirão lotado. Aquela data ficou marcada para sempre na Massa – 24 de julho. O goleiro Victor foi um verdadeiro herói, santificado após a defesa diante do Tijuana nos acréscimos da partida, impedindo a eliminação do Galo nas quartas de final, no Independência. Ele ainda defenderia pênaltis no desempate contra o Newell’s Old Boys e os paraguaios.

Ao todo, Victor fez 50 partidas em seis edições do torneio (2013, 2014, 2015, 2016, 2017, 2019), com três defesas de pênalti na campanha campeã, além de três outros erros (duas traves e um chute para fora). É o recordista de jogos na competição pelo Galo. Agora, volta à final da Libertadores na condição de diretor de futebol.

Ronaldinho (2013)

O título da Libertadores de 2013 também foi mais uma consagração de Ronaldinho Gaúcho no futebol. Campeão do Mundo de 2002 pela Seleção Brasileira, da Liga dos Campeões de 2006 no Barcelona, dono de dois prêmios de melhor jogador do planeta. Faltava a taça mais importante da América. E R10 brilhou com a camisa do Galo.

Naquela campanha, o bruxo fez muita magia e comandou o poderoso ataque do Galo formado por ele, Bernard, Tardelli e o artilheiro Jô. Dos pés de Ronaldinho saíram incríveis sete assistências e quatro gols em 2013. Quem não se lembra o que o gênio da bola fez diante do Arsenal de Sarandí no Independência? Ou no jogos contra o São Paulo? “Aqui é Galo, P@#$!”

Ao todo, foram 21 jogos, 5 gols e 9 assistências do Bruxo, com a camisa do Galo, na Copa Libertadores. Ele também atuou na edição de 2014, ano que se despediu do Atlético como campeão da Recopa Sul-Americana. Só em 2024 que R10 foi superado no posto de principal garçom do Atlético na competição, quando Hulk chegou ao 10 passe para gol.

Fotos: Pedro Souza e Bruno Cantini/Galo

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