Técnico do Atlético comenta a primeira vitória da temporada
O Atlético venceu o Villa Nova por 1 a 0, gol de Hulk, em Nova Lima. A partida aconteceu neste sábado, 1º de fevereiro, no Castor Cifuentes, pela quinta rodada do Campeonato Mineiro. Após o jogo, o técnico Cuca concedeu entrevista coletiva. Veja a transcrição completa abaixo:
Pergunta: Primeira vitória no Campeonato Mineiro. Qual a importância desses três pontos conquistados?
Cuca: “Muito importante, importante vencer. Sempre é um campo difícil de jogar, estádio cheio, bastante empolgada a torcida, muito tempo que o Atlético não joga aqui. Fizemos um jogo, acho que um jogo bem jogado, entre aspas, no primeiro tempo. Poderia ser melhor, tivemos controle do jogo, posse de bola. Mas demos dois contra-ataques aos adversários que até poderíamos ter tomado o gol. O controle de bola nosso foi grande, com algumas chances no primeiro tempo. A melhor parte foi no segundo, sem dúvida. A gente conversou no intervalo, acho que foi importante para o time ter outra atitude no segundo tempo. Preenchemos melhor os espaços do campo de ataque, sem dar o contra-ataque ao adversário, com exceção de um ataque no final da partida. Nós, em contrapartida, tivemos inúmeras oportunidades, não teve nenhum jogador meu, do meio para frente, que não teve uma chance clara na frente do goleiro, alguns até mais do que uma chance. E não fomos eficazes no dia de hoje, se não era para ter sido uma vitória mais tranquila e com menos risco, como aconteceu naquela única bola do segundo tempo do Villa Nova. Trabalhar nisso, da evolução, hoje trocamos mais de 650 passes, com mais de 20 finalizações. Temos que ser mais eficazes, fazer mais gols, mesmo que seja em menos chances que você tem”.
Pergunta: o Hulk voltou a fazer gol após 14 jogos, e o Cuello estreou. Fale das opções de ataque que você tem…
Cuca: “Bom sempre que o seu máximo goleador faz gol. Ele fez um gol. Os outros todos tiveram chances, mas por algumas situações, a bola não entrou. Mas foram criadas muitas possibilidades de gol. Problema é se você não estiver criando, aí é mais difícil. No dia que você estiver com o pé bom, os gols vão sair. E trabalhar mais as finalizações, temos que fazer isso para o jogador pegar mais confiança, continuar criando jogadas e pegar mais confiança nas finalizações.
“Cuello pode estrear aí, 20, 25 minutos. Demos ritmo de jogos a todos, fizemos as cinco trocas, como fizemos nos últimos jogos, para rodar bem o pessoal sem correr o risco de lesão, porque somos um time em reconstrução, muitos jogadores se conhecendo agora, Natanael, Junior Santos, Gabriel Menino, Cuello… Enfim. Acho que, jogo a jogo, eles vão se conhecendo um pouquinho mais e melhorando a parte do entrosamento”.
Pergunta: O Atlético confirmou que recebeu proposta pelo Alisson, e seria um valor de 13 milhões de euros de um clube da Premier League. E o empresário dele faz nota oficial. A preocupação é o Alisson não ter mais minutos e não se valorizar. Qual é o projeto que você vislumbra para o Alisson em 2025?
Cuca: “Eu vi a nota do empresário dele, mas as coisas precisam ser mais claras, não é? Não é você chegar e colocar a faca no pescoço do clube e falar: “Me venda que eu quero sair”. O jogador tem 30%, 10% é de não sei quem… Então, não são 13 milhões de euros para o Atlético. Garanto que, se fosse 13 milhões euros para o Atlético, eles venderiam. Foi feita uma proposta na quinta-feira, então o Atlético tem que correr para responder se aceita ou não? Não deu tempo. E daí? Ele não pode jogar agora e valer 18, 20 na janela do meio do ano? Vamos com calma, gente. É um patrimônio do clube, tem todas as condições de ser titular, depende só dele. E o Clube tem direito de fazer a melhor escolha para o Clube. Entendeu, o Clube, que não é o melhor momento para ele sair, que ele pode evoluir, jogar mais, ter oportunidades, ser jogador decisivo e, ao invés de valer 12, 13, valer 20 milhões. E ele precisa acreditar, também, na potência que o Atlético tem e oferece isso para todos os jogadores”.
Pergunta: “Hulk disse que você puxou a orelha da turma no intervalo. Qual foi esse puxão? E qual é a sua avaliação do aspecto físico do time? Demora mais quanto tempo para entrar no auge?”
Cuca: “Estamos evoluindo fisicamente, também. O primeiro tempo poderia ser melhor, e não temos tempo para perder um tempo de jogo. Fizemos um primeiro tempo razoável. Não adiantava trocar dois jogadores para o time melhorar, pois o problema seria os dois? Não. Tínhamos que melhorar como equipe. Em um minuto a gente melhorou muito como equipe, criamos, tivemos inúmeras oportunidades. No segundo tempo, sim, foi o que a gente quer que a equipe jogue”.
Pergunta: O que o Atlético pode melhorar, no seu ponto de vista, para o próximo jogo?
Cuca: “Temos que melhorar jogo a jogo, e temos espaço para isso. A conclusão da jogada precisa melhorar. Quase dentro da pequena área, tivemos meia dúzia de chances. E não vai ser assim sempre. Criação de jogada está boa, o “perde-pressiona” está ótimo, variação tática está boa. Falta contundência maior no ataque, e isso virá com o tempo”.
Pergunta: Vai ter uma semana importante, porque o Athletic é o melhor time do Mineiro, até agora, e, depois, é o clássico.
Cuca: “O Athletic é o melhor time do Campeonato, realmente. Ganhou hoje também, do Tombense. Vai ser jogo bom, equipe que também irá propor o jogo. Vai ser um jogo bom na terça-feira. Depois, é o clássico no domingo e fecha com o Itabirito. Vamos nos preparar bem para essa reta final”.
Pergunta: Para quem teve 99% de chances de rebaixamento com o Fluminense, classificar o Galo no Mineiro não é uma missão tão difícil…
Cuca: “É… Mas cada jogo é uma história, temos que nos preparar bem para terça-feira, fazer o melhor, e ter uma evolução em relação ao que foi esse jogo, o que foi os jogos passados. Vindo essa evolução, ficamos felizes. O resultado, quando a gente joga bem, quase sempre aparece”.
Pergunta: Você falou da estreia do Cuello, ele entrou mais do lado direito. No ano passado, ele jogou mais do lado esquerdo. Você disse da versatilidade ele. Mas, dentro do seu conceito, ele vai jogar na direita?
Cuca: “Foi hoje, coloquei ele e o Bernard juntos, a gente precisava… O time estava um pouco cansado, precisava ter força pelos lados, tentar profundidade, em diagonais, fazer a dobradinha com os laterais. O Bernard joga mais pela esquerda, e, por isso, colocamos o Cuello na direita. Ele está mais acostumado com a esquerda, mas faz a direita, também”.
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